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'Repasse para 20 pessoas...'

Correntes que circulam pelo WhatsApp deixam população em dúvida sobre o que é real e o que é invenção

Equipe de reportagem do jornal "O Pantaneiro" foi às ruas para entender a opinião da população sobre as famosas correntes do WhatsApp, repassadas frequentemente por grupos e contatos

WhatsApp é uma boa ferramenta de comunicação, mais exige cuidado no uso / Luiz Guido Junior

Não é incomum receber correntes no WhatsApp todos os dias, através de grupos ou contatos pessoais, que disseminam informação, na maior parte das vezes falsa, de forma instantânea. 

Na era digital, principalmente com o uso frequente de smartphones com acesso 24h à rede móvel de internet ou conectados ao Wi-Fi, é preciso ficar alerta. Ao mesmo tempo em que a interatividade entre as pessoas melhorou e se tornou mais rápida, esse tipo de "fraude" ainda é capaz de prejudicar ou alarmar, erroneamente, muita gente por aí.

Sendo assim, a equipe de reportagem do jornal "O Pantaneiro" foi às ruas na manhã desta terça-feira (21) para entender melhor o que a sociedade aquidauanense pensa sobre isso.

O trabalhador braçal Cláudio Ramos, de 38 anos, é uma das centenas de pessoas que recebem mensagem do tipo "repasse esse texto para dez pessoas e terás uma boa notícia no fim do dia",  "assassino perigoso está solto nas ruas", "mulher bate no portão pedindo dinheiro para armar terreno para assaltantes", "pessoas vestidas de branco estão fazendo testes de glicemia e contaminando a população com o vírus da AIDS". "Eu não acredito em nada disso. Quando recebo, simplesmente apago do meu celular porque não gosto desse tipo de coisa", disse.

Ainda descrente sobre a veracidade das informações, ele disse que, dependendo da informação, fica na dúvida. "A gente fica pensando se é verdade ou se é mentira, mas, na dúvida, eu prefiro apagar e ignorar", explicou.

A servidora pública Suanam Dittmar, de 32 anos, informou que recebe esses tipos de correntes todos os dias. "Todos os dias mandam isso no WhatsApp e eu acho que isso deveria ser banido. Primeiramente, porque eu acho tudo isso uma bobeira, uma coisa totalmente sem sentido, e outra porque só enche a memória do nosso celular. A gente acha que é algo importante apitando e, quando vê, é esse tipo de texto. Eu acho que isso é uma verdadeira palhaçada", pontuou.

Ela acredita que muitos desses repasses ocorre por algum tipo de superstição. "A pessoa é tão mística que acha que repassando mensagem para dez, quinze pessoas, alguma coisa na vida dela vai melhorar. Bênção a gente ganha orando, tendo fé, não pelo WhatsApp", disse, bem humorada.

A entrevistada também foi enfática ao dizer que as pessoas deveriam procurar mais informações, antes de divulgar. "Eu nunca cheguei a acreditar em nada disso, porque se fosse sério, a rádio informaria, o jornal informaria. Acho que esse tipo de coisa no WhatsApp só serve para amedrontar as pessoas", comentou.

O mototaxista Eduardo Chaves, de 46 anos, vê direto na tela do celular esse tipo de mensagem. "Eu recebo algumas falando que fugiram alguns presos de Campo Grande, que tem gente fingindo ser enfermeiro para colher sangue com seringa contaminada... É direto", contou.

Ele informou ainda que não acredita nas informações porque ainda não aconteceu com ele, mas que "é provável que seja verdade. Tem que tomar providências". Ainda assim, o trabalhador do trânsito disse que, as vezes, procura conferir em veículos de comunicação se o que estão dizendo é verdade ou não passa de conversa. 

Cauteloso e vivendo na regra do "vai que...", ele informou que repassa as informações que recebe. "Eu sempre mando no grupo de trabalho. Tento repassar isso pra eles, para que, por via das dúvidas, fiquem alertas", finalizou.

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