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Educação

Em aula de campo, alunos do Turismo visitam a Colônia do Pulador

Casas de farinha são tradicionais em Anastácio (MS) (clique para aumentar)

Alunos da UFMS conheceram o dia a dia dos moradores da Colônia do Pulador, em Anastácio (MS). Os acadêmicos do 5º semestre de Turismo visitaram o local na última terça-feira, 14 de maio, em atividade da disciplina de Turismo Cultural, ministrada pela Profa. Patrícia Zaczuk Bassinello.

O grupo visitou as famosas casas de farinha e coletou o depoimento dos moradores, oriundos de Pernambuco, que se instalaram em Anastácio entre as décadas de 1950 e 1960. Com o tempo, os migrantes compuseram uma grande família, hoje conhecida como comunidade nordestina da Colônia do Pulador.

É na Colônia do Pulador que se localizam as casas de farinha (pequenas fábricas artesanais) responsáveis pela produção de toda a farinha comercializada no mercado regional de Aquidauana e Anastácio. Os locais também abastecem as edições da Festa da Farinha, evento organizado anualmente em Anastácio (MS), normalmente em maio.

O objetivo da aula foi conhecer, por meio da observação e diálogo, as experiências sociais, culturais e as relações com o meio ambiente dos residentes da Colônia do Pulador, em especial as famílias oriundas de Pernambuco. Para isso, os alunos deveriam identificar, pelos depoimentos, os traços da memória do modo como se deu a migração, seus fatores, os valores, a escolha por Mato Grosso do Sul, as relações sociais instauradas na Colônia e o desenvolvimento local gerado a partir da farinha.

“Os modos de dizer ganham sentidos específicos ao entender o processo de deslocamento dessas pessoas, das lembranças trabalhadas pela memória, que ressignifica aquilo que se viveu e se vive até hoje”, disse a Profa. Patrícia.

Outro objetivo da aula foi conhecer três casas de farinha e observar seu processo de produção artesanal, além de analisar como esse patrimônio experiencial compõe as relações de pertencimento e vida das famílias da Colônia. Os estudantes também deveriam organizar e formatar um possível roteiro turístico de visitação envolvendo as casas de farinha, que compõem um singular atrativo turístico a ser incorporado às cidades de Aquidauana e Anastácio.

Segunda a Profa. Patrícia, o balanço da visita foi positivo: “de forma geral, essa vivência pelo curso foi produtiva e divertida, na medida em que os alunos se envolviam com as conversas e situações relatadas pelos migrantes nesse movimento de preservar e ressignificar a memória do deslocamento e das mudanças por eles vivenciadas. Também permitiu o aprofundamento de discussões entre cultura e turismo e a abertura de caminhos possíveis para reconhecer e preservar o modo de produção artesanal da farinha e seu valor agregado como experiência turística”.

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