Instituição alega "reduzido número de alunos matriculados, alta evasão e baixa diplomação"
Arquivo/O Pantaneiro
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) emitiu comunicado nesta quinta-feira (20) para informar a decisão de suspender os cursos de Letras - licenciatura em Letras com habilitação em Português e Literatura, além do bacharelado em Turismo no campus de Aquidauana a partir do ano que vem. Outros cursos em demais campi no estado também serão cancelados em Campo Grande, Ponta Porã, Nova Andradina, Coxim e Três Lagoas.
A universidade alega que a suspensão do ingresso de alunos para o primeiro semestre de 2019 foi uma decisão embasada em um levantamento e avaliação técnica nos últimos cinco anos. “Constataram reduzido número de alunos matriculados, alta evasão e baixa diplomação em comparação com o alto investimento com a estrutura e com o corpo docente”, disse em nota.
Ainda segundo a universidade, os cursos foram suspensos para a realização de um estudo de viabilidade e possível manutenção não para o ingresso em 2020. Ou seja, a suspensão não significa a extinção dos cursos.
De acordo com a UFMS, os cursos com suspensão de oferta a partir de 2019 são:
A decisão já foi tomada, mas uma reunião do Coun (Conselho Universitário) e seguiu para a homologação da suspensão dos cursos na tarde desta quinta-feira (20). Para tentar impedir que os cursos sejam suspensos, a ADUFMS (Sindicato dos Professores das Universidades Federais no Mato Grosso do Sul) e o SISTA (Sindicato dos Trabalhadores em Instituição da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de MS) marcaram de fazer uma mobilização durante a reunião.
O SISTA afirmou, em nota oficial, que é contra o encerramento dos cursos, pois além de diminuir o leque de opções para os estudantes, pode também provocar o deslocamento e até demissão de servidores públicos da universidade. A ADUFMS informou que a manifestação deve contar com alunos de Ponta Porã, Aquidauana e Três Lagoas para chamar a atenção da reitoria.
“Nós estamos tentando chamar a atenção da administração para fazer um estudo social da suspensão destes cursos. Na verdade, é preciso entender o impacto na comunidade, somos uma instituição pública, não podemos pensar no fechamento de cursos simplesmente a partir de um levantamento técnico financeiro. Somos uma instituição pública, não temos que gerar lucro, é preciso pensar no atendimento à comunidade”, afirmou a presidente da ADUFMS, Mariuza Guimarães.
A presidente do sindicato de professores ressalta que não é contra a suspensão de cursos, se assim for necessário, mas que é preciso uma discussão sobre o assunto. “Devemos destacar que não somos contra o fechamento de cursos, nós entendemos que é uma questão de responsabilidade. Entretanto, não podemos aceitar que a decisão impacta a vida de servidores seja tomada sem discussão”, disse Mariuza.
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