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Raquel Anderson

Aquidauana

Tá com frio? Bate a bunda no rio!

Quantos de nós batemos, literalmente, a bunda no rio, ou imaginariamente.
E depois batemos asas, ainda que tenha sido só até Campo Grande,  na tentativa de  aprendemos  ser gente grande.
Alguns, de fato,  grande gente se tornaram, outros, igualmente grande, voltaram, mas, Aquidauana não sai do imaginário de quem nela nasceu, cresceu, mora ou morou, ou apenas em Aquidauana, um dia, passou.
Seguramente, em poucos lugares do mundo há um acolhimento tão profundo, comida tão boa, tanta singeleza nas pessoas.
O mesmo povo que recebe, acolhe agrada com intensidade, vira os arreios quando desdenham da nossa cidade.
Um gosto pelo calor, toda calçada é uma peça a mais de cada  casa, a sala de visitas de quem passa, senta-se ou de quem fica.
Nossos esquinas são equiangulares, raridade, beleza assim há em poucos lugares.
Há ainda poesias nos nossos paralelepípedos, é só olhar bem, com carinho, procurar com jeitinho, as poesias estão aí, no vãozinho de cada pedra, nessa terrinha branca, protegendo o andar, as dores e as alegrias das pessoas no seu caminhar...
Caminhando... com sabores e dissabores chegamos aos  127 anos, com muitos planos,  teimosias, alegrias, enchentes...tudo em Aquidauana inunda a gente, há um rio em nós, só quem nasceu onde há um rio e possui um rio por dentro, no pensamento,  é caudaloso, manso ou intenso, que se avoluma a qualquer momento...
Corre em nós essa água doce, que nos invade e nos irmana, somos o bom povo de Aquidauana!
 

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