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Rev. Vivaldo Melo

O beijo gay

Impressionante o furor causado, há pouco tempo, pela possibilidade de dois personagens "masculinos" de uma novela televisiva trocarem um beijo apaixonado, depois de terem assumido, na trama, um relacionamento "de amor". O veto da cena, gerou um debate inusitado nos sites destinados à opinião pública. Agora o assunto volta a ser ventilado. Gays, simpatizantes e contrários a possibilidade do chamado "beijo gay" ser mostrado em horário nobre num canal aberto de TV podem resgatar seus argumentos. Cogita-se que justo a Rede Record (pertencente a líderes da Igreja Universal do Reino de Deus) autorize a cena em uma de suas novelas.

De todas as conclusões que se pode chegar, a mais preocupante é associar a não conformação com o tal beijo a uma postura própria de "reacionários e hipócritas", no plano individual e de "povos subdesenvolvidos", no plano coletivo, conforme termos usados em alguns "desabafos" da galera que se frustrou com a não veiculação da cena. Em termos corporativos os evangélicos estiveram na mira dos críticos. A razão está na leitura que se faz dos textos bíblicos sobre o tema do homossexualismo em grande parte do cristianismo, autenticando uma postura de aversão à prática (somente entre algumas vertentes liberais o pressuposto do "amor" valida qualquer relação).

Nesta discussão, que deve recrudescer nos próximos anos diante da possibilidade de um referendo sobre o casamento homossexual, existe no mínimo um grande equívoco. Assim como os movimentos organizados gays defendem abertamente seus postulados, com apoio de grande parte da mídia e de intelectuais, temos o direito de ver o homossexualismo sob a ótica de uma "paixão infame", conforme define o apóstolo Paulo no texto de Romanos 1,26. Também temos o direito de manifestar repúdio a qualquer veículo de comunicação que mostre cenas relacionais incompatíveis com o padrão estabelecido por Deus, em sua Palavra, principalmente em determinados horários e em canais abertos. Finalmente, temos o direito de lamentar a inversão de valores que resulta do relativismo incorporado à nossa cultura, responsável direto por diversos males que muitos insistem em não ver.

Ao externarmos, como evangélicos, nosso repúdio não só ao "beijo gay" (principalmente se veiculado numa emissora que o demoniza nas programações da madrugada) mas a qualquer prática homossexual, não autenticamos um modelo de pensar ultrapassado e nem podemos aceitar os rótulos que nos são imputados. Apenas entendemos que o amor, na dimensão que envolve a sexualidade, deve ser vivenciado por homem e mulher. E que o pecado introduziu as anomalias que hoje são vistas e aceitas com naturalidade em alguns círculos. Um cristianismo autentico é incompatível com práticas como o "beijo gay" e com o homossexualismo de uma forma geral. Afinal, como disse alguém, Deus não criou Adão e Ivo, mas Adão e Eva.

*Pastor da Igreja Presbiteriana de Aquidauana
Email:
pvhvivaldo@hotmail.com

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