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Educação

Plano Estratégico intensificará ações de combate à violência em escolas de MS

Evento, realizado na tarde desta terça-feira, discutiu ações de enfrentamento à violência no ambiente escolar

As ações de prevenção e de enfrentamento à violência no ambiente escolar de Mato Grosso do Sul serão intensificadas por atuação conjunta da Assembleia Legislativa e outros atores no âmbito do Plano Estratégico de Segurança nas Escolas. Debate, realizado na tarde desta terça-feira (23), no Plenarinho Nelito Câmara, na Casa de Leis, marcou a criação do Plano, que contribuirá para a ampliação do programa “Escola Segura, Família Forte”, iniciado há pouco mais de um ano.

A reunião foi proposta e coordenada pelo deputado Coronel David (PSL), presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia. Também participaram os parlamentares Cabo Almi (PSL), vice-presidente, Barbosinha (DEM) e Marçal Filho (PSDB), membros do grupo de trabalho, além do Professor Rinaldo (PSDB), que é vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Parlamento Estadual.

O Plano Estratégico de Segurança nas Escolas nasce em um terreno já produtivo de ações – em Mato Grosso do Sul, é executado o programa “Escola Segura, Família Forte” desde outubro de 2017. Nesse sentido, o Plano ajudará a ampliar e fortalecer o trabalho já em andamento no Estado.

Para efetivar esse propósito e possibilitar o trabalho em conjunto, a reunião contou com a presença de autoridades ligadas à segurança e à educação. Participaram das discussões o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), Coronel Waldir Ribeiro Acosta, a delegada Sidneia Catarina Tobias, que representou o delegado-geral da Polícia Civil do Estado (PCMS), Marcelo Vargas Lopes, e a coordenadora de Psicologia Educacional da Secretaria de Educação (SED), representando a titular da pasta, secretária Maria Cecília Amêndola da Motta.

“Estamos fazendo essa grande reunião com diversas pessoas e instituições envolvidas com a segurança e com a educação para buscarmos, em conjunto, ampliar as ações em Mato Grosso do Sul e, assim, evitarmos tragédias como as ocorridas em Realengo [Rio de Janeiro] e em Suzano [São Paulo]”, afirmou o deputado Coronel David. “É impossível termos educação de qualidade se nossos alunos, professores e funcionários não têm segurança”, completou.

O parlamentar considerou importante, no fim do encontro, que as ações do Plano Estratégico de Segurança nas Escolas fortaleçam o trabalho realizado no âmbito do programa “Escola Segura, Família Forte”. “De um universo de 180 escolas de Campo Grande, 60 são atendidas. Precisamos aumentar esse número. Também devemos buscar mecanismos para superarmos as dificuldades operacionais”, disse, completando que a Assembleia Legislativa fará a gestão necessária para a ampliação do programa.

Parlamentares: prevenção, mudança cultural e esforço conjunto

O deputado Cabo Almi enfatizou a importância de ações de prevenção à violência. “Com isso, podemos evitar fatos lamentáveis, como os de Realengo, no Rio de Janeiro, e o de Suzano, em São Paulo”, afirmou, acrescentando que essas ações devem ser feitas em conjunto. “Deve ser um trabalho coletivo. Além disso, devemos ter um policiamento ainda mais presente e as políticas públicas funcionando realmente”, considerou.

Ações preventivas também foram destacadas pelo deputado Professor Rinaldo (PSDB). Para ele, entretanto, a mudança cultural assume relevância maior que a prevenção. “Precisamos conscientizar nossas crianças, nossos jovens, da importância do amor ao próximo, independentemente de qualquer diferença”, disse o parlamentar, que é autor de projeto de lei, que visa reduzir a incidência de violência contra o corpo docente.

De modo semelhante, o deputado Marçal Filho considera ser fundamental a superação da cultura da intolerância. “A violência também está dentro do ser humano. Com o mundo cada vez mais intolerante, as pessoas estão colocando toda carga de violência para fora e diversas barbáries estão acontecendo”, comentou. Para ele a repressão é necessária. “Mas também é preciso atentarmos para as causas da violência”, ponderou.

“Se a escola é a janela de oportunidades, como pode ser ambiente de violência?”, perguntou, retoricamente, o deputado Barbosinha (DEM), que também reforçou a relevância da prevenção e do trabalho em conjunto. O parlamentar, que era o titular da Sejusp na época em que foi criado o programa “Escola Segura, Família Forte”, lembrou que a iniciativa foi provocada por demandas das próprias escolas e elaborada com a ajuda de educadores.

Barbosinha ressaltou, ainda, a posição de destaque de Mato Grosso do Sul na área de segurança e, especificamente, em relação a ações de prevenção e de enfrentamento da violência nas escolas. “É claro que precisamos avançar muito, mas todos os nossos indicadores de segurança são modelos para outros estados do País”, afirmou.

Ações do programa “Escola Segura, Família Forte”

Iniciado em 2017, o programa “Escola Segura, Família Forte” contempla, de forma piloto, 60 escolas públicas de Campo Grande, sendo 31 da rede estadual e 29, da estadual. Essas unidades estão distribuídas por todas as regiões urbanas da Capital. Durante a reunião, foram apresentados alguns números relativos ao programa.

Entre os dados mostrados pela Sejusp e relativos ao ano letivo de 2018, estão 117 mediações de conflitos nas escolas, 1.276 abordagens a pessoas no ambiente escolar e fora dele, 89 palestras e 4.403 visitas à direção de escolas. Apenas em março deste ano, cem alunos suspeitos foram abordados no espaço escolar, foram encontradas duas armas brancas, verificadas quatro situações de porte de drogas para uso pessoal e três ocorrências de tráfico. Também foram feitas, no mês passado, 300 visitas a diretores, entre outras ações.

A reunião desta tarde contou, ainda, com a participação de professores, diretores de escolas e representantes de entidades ligadas às áreas de segurança e da educação, como Associação de Pais e Mestres (APM). As discussões que tiveram lugar no encontro serão retomadas e aprofundadas pela Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Casa de Leis.

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