Para livrá-lo mais uma vez da cadeia, defesa pretende alegar doença mental
Local onde o corpo foi encontrada na chácara de José em Campo Grande. / Ronie Cruz
O ex-tenente da Polícia Militar que furtou o corpo da ex-namorada há uma semana, José Gomes Rodrigues, 57 anos, foi preso por dirigir bêbado e para livrá-lo mais uma vez da cadeia, defesa pretende alegar doença mental do cliente.
A prisão ocorreu por volta das 23h de ontem (17), na Rua Joaquim Nabuco, no Bairro Amambaí, região Central de Campo Grande.
Segundo boletim de ocorrência, José estacionou o Ford Focus preto, que seria o mesmo usado para transportar o cadáver de Dois Irmãos do Buriti até a Capital, próximo a base da Polícia Municipal e desceu com uma lata de cerveja na mão.
O veículo estava sem placa, tanto traseira quanto dianteira. O policial municipal, então, pediu os documentos do motorista e do carro. Ele apresentou apenas holerite com o seu nome. Questionado, José se identificou como oficial aposentado da Polícia Militar, porém não apresentou nenhuma outra identificação.
Foi solicitado apoio da Polícia Militar. O condutor apresentava sinais de embriaguez como fala pastosa e andar cambaleante. Ele, então, foi submetido ao teste de alcoolemia e o resultado foi positivo de 0,65 miligrama de álcool por litro de sangue. José foi preso em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante e levado para o Presídio Militar.
Defesa - Um dos advogados do ex-PM vai alegar doença mental para livrar, mais uma vez, o cliente da cadeia. José está preso no Presídio Militar e passará por audiência de custódia amanhã (19) na Justiça, para definir se ficará preso ou se poderá responder ao processo em liberdade.
“Ele tem esquizofrenia. Vou preparar o pedido de liberdade provisória com base no laudo e atestado médico para provar que meu cliente sofre com doença mental”, explica Jacson Yamashita.
Furto de cadáver – Após o furto e descoberta do corpo, José foi “apresentado” por telefone para a Polícia Civil e vai ser interrogado nesta terça-feira (19) pela delegada Nelly Macedo, que investiga o furto.
Conforme contou o advogado, José Gomes soube da morte de Rosilei, por quem tinha fixação, quando deixou a prisão. Ele estava preso em Terenos por ameaça à ex-namorada, pois não aceitava o fim do relacionamento.
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