O MP também solicitou que o adolescente seja colocado em separado dos demais internos
Pela decisão da juíza, o garoto deveria ser transferido para o Centro de Internação Provisória (CIP) da capital goiana, onde aguardaria o julgamento do caso pelo Juizado da Infância e Juventude, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Ontem (22), no entanto, a mesma juíza acatou o pedido da defesa do autor dos disparos e determinou que o adolescente permaneça na cela de uma delegacia até ser apresentado ao Juizado da Infância e Juventude. Segundo a advogada que defende o estudante, o centro de internação não é seguro para o adolescente, uma vez que seus pais são policiais militares e seu pai já atuou no sistema prisional. O MP também solicitou que o adolescente seja colocado em separado dos demais internos.
Em depoimento ao MP e à Polícia Civil, o jovem afirmou ter premeditado o crime, tendo, inclusive, pesquisado por seis meses, na internet, sobre armas e ataques em escolas, como os ocorridos em um colégio de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999, e em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011.
Depoimentos
A Polícia Civil retomou hoje os depoimentos sobre o caso. Durante a manhã, o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, ouviu o pai do adolescente autor dos disparos. Também serão ouvidos os pais das vítimas do ataque, além da coordenadora do colégio, Simone Maulaz Elteto, e outras testemunhas, como os primeiros policiais militares que chegaram ao local da ocorrência. 0Foi a coordenadora escolar quem conseguiu acalmar o jovem, convencendo-o a parar de atirar contra os estudantes.
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