Os três primeiros meses de 2022 foram de baixa para a captação de leite em Mato Grosso do Sul. Segundo dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), neste período, o volume de leite captado em Mato Grosso do Sul com Inspeção Federal foi de 43,8 milhões de litros de leite.
Se comparado com o mesmo período do ano de 2021, quando foram captados 50 milhões de litros, este valor é 12,48% menor.
“A menor captação de leite em 2022 indica a menor produção no campo e pode ser reflexo dos altos custos de produção, principalmente dos insumos que compõem a alimentação animal, como farelo de soja e milho”, explica a analista técnica do Sistema Famasul, Fernanda Oliveira.
O coordenador da Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS, Nivaldo Passos, enfatiza que o produtor rural pode encontrar alternativas para superar as épocas mais desafiadoras.
“Hoje a ATeG existe para auxiliar os produtores também na parte da gestão do seu negócio, como por exemplo na cadeia da bovinocultura de leite, levando conhecimento por meio de orientações técnicas e administrativas da propriedade rural”.
A atividade de Agroindústria, cada vez mais presente nas propriedades de leite, pode agregar maior valor na mercadoria através do processamento para a produção de derivados.
O valor médio do leite pago ao produtor rural cresceu 14,55% de acordo com dados da Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). No primeiro trimestre deste ano foram R$ 1,96 por litro. No mesmo período de 2021 o valor era de R$ 1,71 por litro de leite.