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Contrabandista se recusou a parar, tentou fugir pela contramão e atirou nos policiais, diz PRF

Condutor carregava carga de cigarros contrabandeados avaliada em 5 milhões e meio de reais

Divulgação

Nesta quinta-feira (29) a Polícia Rodoviária Federal deu detalhes sobre a abordagem das duas carretas bitrem realizada ontem à noite, que acabou em troca de tiros entre policiais e os contrabandistas. Um dos condutores que levava a carga de cigarros contrabandeados, de 33 anos, foi alvejado, chegou a ser socorrido, mas morreu em Aquidauana. O fato aconteceu na BR-262, em Anastácio.

De acordo com o comunicado, a equipe policial avistou duas carretas, uma M.Benz/Actros e uma Volvo/FH12 trafegando juntas em alta velocidade e tentou abordá-las. Na altura do km 510, uma das carretas parou (M.Benz/Actros), a outra (Volvo/FH12), desobedeceu a ordem e empreendeu fuga.
O motorista conduzia o bitrem de forma agressiva, expondo os demais usuários da rodovia em risco: dirigindo pela contramão de direção, o que poderia causar uma colisão frontal com outro veículo, como também forçando os veículos a seguirem pelo acostamento e até mesmo pararem ou saírem de pista.
Os policiais rodoviários federais chegaram a parear a viatura três vezes ordenando que o homem parasse a carreta e foram ignorados. Na terceira vez, o condutor realizou de dentro da cabine um disparo contra a viatura PRF, afim de evitar aproximação da equipe. Diante da agressão e do risco de um grave acidente, os PRFs realizaram disparos contra os pneus da carreta, o que obrigou o motorista a parar.
O homem parou sobre a pista de rolamento e logo que desceu do veículo efetuou vários disparos contra a equipe que reagiu revidando os tiros. O condutor, de 33 anos, foi alvejado e ferido, sendo socorrido pelos policiais, no entanto, não sobreviveu aos ferimentos e morreu minutos depois no Hospital Regional de Aquidauna.
As duas carretas apreendidas estavam carregadas com várias caixas de cigarro de origem estrangeira e sem documentação da alfândega. Ao todo foram contabilizados um milhão e cem mil maços, um prejuízo para o contrabando de cerca de cinco milhões e quinhentos mil reais.
A perícia ficou sob responsabilidade da Polícia Civil em Anastácio. As carretas foram encaminhadas à Receita Federal em Campo Grande e o preso, de 29 anos, foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal também na Capital.
Nenhum dos policiais ficou ferido na ocorrência. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os policiais tentaram de todas as formas evitar maiores danos e agiram com o uso progressivo da força até o momento em que foram expostos com a própria vida, "sendo obrigados a agirem com o uso progressivo da força e em estrito cumprimento do dever legal."
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