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Anastácio

Emoção, superação e muita raça marcam final da corrida Eita Pega de obstáculos

Provas têm mais de 120 atletas de diversas partes do país, além do Quênia e Venezuela

Rhobson Tavares Lima

Manhã deste domingo (4) às 8 horas foi de muita expectativa para os competidores da Eita Pega – corrida de obstáculos – que aconteceu na Chácara Cintra, localizada na zona rural de Anastácio. Nesta terceira edição, mais de 120 competidores vindos de diversas partes do país e até de fora, participaram da etapa que contou com o percurso de 7km, além de 10 obstáculos em áreas de rastejamento e carregamento de toras.

Um atleta queniano e um venezuelano participaram da competição. Mas dessa vez, os competidores da região foram os que se deram melhor. Treinador da equipe campo-grandense Percurso Livre, André Milani acompanhou os seis atletas do grupo e todos conquistaram as primeiras colocações.

“Trouxe seis atletas e todos pegaram pódio. Os meninos estavam bem treinados, vieram mais uma vez para esse desafio e graças a Deus correram da melhor maneira possível, cada um no seu nível. Dos cinco vencedores na categoria geral, acabamos ficando com os quatro primeiros: Vilmar em primeiro, Maicon em terceiro, Andrezinho em quarto e o Samael em quinto, além de Abissal e Éder em suas respectivas categorias. Foi um resultado excelente para a Percurso Livre”, explicou o treinador.

Quanto ao queniano que havia começado na frente logo na largada, se deparou com os obstáculos dos quais não estava acostumado e por isso foi superado. Mas ele promete treinar para melhorar neste tipo de competição. Ao jornal O Pantaneiro, Milani que acompanhava o atleta que não fala português, repassou as impressões do queniano.

“O Chadraque é da equipe da Corp e ele disse que foi a primeira vez que competiu uma prova desse tipo, gostou bastante e da próxima vez vai treinar melhor para tentar uma classificação mais à frente”, disse Milani.

Prova de obstáculos para todos

Apesar das dificuldades impostas pelos obstáculos da Eita Pega, competidores de todas as idades e condições físicas participaram desta terceira edição. Para Maria Cesta, 64 anos, a corrida foi empolgante. “Eu adorei, gosto de lama, me senti uma ‘porquinha’ no chiqueiro, quero morrer assim. Se corrida for uma doença, não quero sarar nunca”, disse com bom humor.

Já Maria das Graças veio de Barra do Garças, Mato Grosso, especialmente para participar da prova. “Vou completar 69 anos e estou muito feliz. Já tinha feito uma prova de obstáculos. Mas essa foi uma prova ótima e muito agradável. A competição foi bem organizada, com trilha excelente, eles escolheram os melhores percursos”, opinou.

Atleta de Aquidauana, Natália Duarte chegou em quarto lugar em sua categoria. Para ela, a prova sempre é difícil, mas dessa vez, ela superou as limitações do ano passado e fez bonito. “Eita Pega mesmo! Quem é de casa tem que vir também e participar para saber como é difícil. Esse ano tirei quarto lugar, mas no ano passado nem pódio eu peguei. Acredito que essa competição não pode parar, no ano que vem o pessoal de Aquidauana e região deve vir prestigiar”, concluiu.

Superação para o atleta paralímpico

O cearense Cristiano Soares de Souza, de 25 anos, que hoje vive no Mato Grosso, corredor paralímpico, convidado a participar da competição, terminou a prova extasiado. “Para mim foi uma superação. Não sabia se conseguiria passar por todos os obstáculos ou mesmo terminar o percurso. Foi até uma surpresa para mim mesmo ter conseguido, pois foi muito difícil, com subidas, lama, água, tive que carregar tronco. Só pensava que não podia parar. Essa foi uma das melhores provas que já participei.”

O atleta ainda agradeceu ao Cleiton Medina, responsável pela organização da prova. “Ele me ajudou muito com hospedagem e alimentação. É um incentivo para eu participar de outras semelhantes. Eu comecei na cadeira de rodas, depois passei a fazer os percursos de muleta. É muito gratificante e recompensador”, disse emocionado.

Impressões do campeão

Consagrado o grande campeão da Eita Pega – Corrida de Obstáculos, Vilmar Roberto Dias, mais uma vez leva o pódio na categoria geral. “Fomos muito bem recebidos em Anastácio. A prova foi muito boa, não havia me preparado devidamente, mas hoje sou tricampeão”, disse satisfeito.

Vilmar não se intimidou com a presença do queniano na competição. “Não era bem o tipo de prova para ele. Deixei o queniano se matar um pouco no início, mas depois que entrei no mato, virei um lobo. Conseguiu administrar a prova com estratégia, mas os adversários já estão me estudando”, conta entre risos.

Para Vilmar, todos os participantes que passaram pelos obstáculos e finalizaram a prova merecem reconhecimento. “Só de participar dessa prova a pessoa já é campeã”, finalizou.

*Com informações de Rhobson Tavares Lima.

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