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Motivação

Ao se valorizar, Néia prova que é possível emagrecer em qualquer idade

Em 12 meses, ela mudou seu estilo de vida e ainda se reencontrou no caminho

Lidar com a pandemia ainda se trata de um processo em curso e bastante individual para cada um de nós. Teve quem colocou a vida "em dia", organizou a casa, as finanças, encontrou um novo emprego, mudou radicalmente de carreira ou até mesmo refletiu sobre as coisas simples. No caso da aquidauanense Néia Weis, valorizar a si mesma.

Aos 42 anos e com 1,64 de altura, ela passou dos 105 para os 75 quilos, e já está pertinha de se sentir 40 kg mais leve – literalmente –, provando que é possível mudar o estilo de vida em qualquer idade, sem a necessidade de cirurgia de redução de peso ou na ânsia por dietas milagrosas.

O primeiro passou: voltar a ter o "si" em primeiro lugar.

"Emagreci aos 40": com menos 30 quilos no "lombo", Néia é a aquidauanense que reencontrou sua paixão no viver.

"Simplesmente me faltava amor próprio. Pedi muitas vezes perdão a Deus pelo corpo entregue e que, com minhas próprias mãos, quase o destruí no caminho. Acredito que a obesidade tem o seu fator genético, isto é, 'corre' no meu sangue, mas quem puxa o 'gatilho' dessa 'arma' é a gente mesmo", admite a corretora de imóveis.

Sedentária, vivendo no cansaço, pré-diabética e com 3 cm de gordura no fígado. Esta era a Néia 30 quilos a mais. "Tinha uma preguiça descomunal, além de uma alimentação baseada em sódio, açúcar e carboidrato. Nem precisa ter a genética do sobrepeso para saber que isso não estava certo. Me entendia como um urso polar, que só come e dorme", confirma.

Com a chegada da pandemia, a mudança de fato veio com tudo. Não só as adaptações obrigatórias, mas inclusive – e principalmente – o medo de morrer, deixando para trás um legado que não se orgulharia. Essa foi sua motivação.

"Pedi muitas vezes perdão a Deus pelo corpo entregue e que, com minhas próprias mãos, quase o destruí", afirma.

"Muito deprimida com todo o contexto que estávamos (e ainda estamos) vivendo pela pandemia, pensei comigo mesma que eu precisava tomar alguma decisão. Não sei dizer exatamente o porquê, mas esse pensamento realista – de temer a morte – me consumiu fortemente. Só ficava pensando que se eu morresse, não veria meus filhos se formarem, se casarem, formarem família, visualizar a carinha dos meus netos", esclarece.

Sem falar do triste histórico familiar de quando seu irmão e até um tio perderam a vida por conta de cirurgia bariátrica mal sucedida. Foi por isso que, no processo de emagrecimento de Néia, ela fez questão de "levantar a bunda do sofá" sem ajuda de dietas, medicamentos ou procedimentos invasivos. Trabalhando seu emocional e gradualmente "mexendo as cadeiras", ela hoje se sente bem mais leve.

Em 12 meses, Néia está pertinho dos 40 kg "off", cada quilo de forma natural; "apenas tirei a bunda do sofá", diz.

"Estou há 1 ano nesse processo. Logo logo chegarei à marca dos 40 quilos perdidos. Nunca cogitei uma bariátrica porque de nada adianta emagrecer e ter a possibilidade de ganhar anemia, TCAP (transtorno da compulsão alimentar periódica), alavancar problemas psiquiátricos (por exemplo, a depressão), ter vômitos constantes, cálculos biliares, desnutrição… inclusive essa foi uma das causas da morte do meu irmão. Isso não é solução. É mais fácil seguir o caminho natural? É melhor? Não sei dizer. A verdade é que cada um sabe o melhor para si e, sendo assim, esse foi o jeito que eu encontrei para me reconquistar", comenta.

"É mais fácil seguir o caminho natural? É melhor? Não sei dizer. A verdade é que cada um sabe o melhor para si".

Mudança gradual – De pouquinho em pouquinho, Néia passou de sedentária para uma mulher cheia de ânimo e vida. "Vivo uma alegria e contentamento sem fim. Poder me olhar no espelho e ver o tamanho literalmente dessa conquista, as mudanças em carne e osso, é fenomenal", afirma.

"Minha bandeira agora é amar meu corpo,
cuidar da minha saúde para viver melhor,
com dias 'estendidos' na graça de Deus".

Compartilhando o seu processo de emagrecimento nas redes sociais, essa aquidauanense conheceu outras mulheres também "maduras" que perderam de 50, 70 a até 90 kg – de quilo em quilo de forma natural.

"A beleza feminina ainda é pautada no peso. Sofri muito bullying com a obesidade, situações de não ser chamada para participar de fotos, não ser convidada para festas ou aniversários, coisas do tipo. Porque apesar da 'amizade', pessoas gordas 'enfeiam' a vida", opina.

Corretora de imóveis, Néia se tornou recentemente a coaching de emagrecimento que compartilha a sua experiência.

Além de voltar ao controle de si mesma, agora Néia ganhou de quebra uma outra motivação: ajudar outras mulheres que passam pelo que ela mesma já sentiu na pele.

"Meu desejo é influenciar para que outras recuperem seu amor próprio e voltem a acreditar nelas mesmas, em todo o seu potencial. É trabalhar em uma metanoia, isto é, a um emagrecimento saudável, lento, com qualidade e paciência, sem dietas malucas ou demais loucuras para emagrecer, mas tudo de forma natural. Acho que nesse sentido, minha própria experiência fala por si só: mostrar que é possível mudar", diz a coaching.

Em seu perfil no Instagram @emagrecidepoisdos40, Néia ajuda mulheres a emagrecerem como ela fez consigo mesma:

"Me desafiando todo dia".

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