Centro da cidade passa abrigar a Casa Rubens Alves Corrêa em homenagem a um de seus mais ilustres aquidauanenses
Em continuidade às atividades de comemoração pelos 132 anos de Aquidauana, nesta sexta-feira (30) será inaugurada no centro da cidade a Casa Rubens Corrêa em homenagem a um dos seus mais ilustres moradores, que residiu na residência durante a sua infância.
O evento será realizado a partir das 18 horas e deverá reunir autoridades, diversas personalidades e familiares do homenageado e promete ser uma cerimônia muito emocionante. Após uma intensa reforma realizada pela Prefeitura de Aquidauana, através do prefeito Odilon Ribeiro e equipes da administração, o prédio centenário irá abrigar também a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Aquidauana.
Em 2016, após duas décadas do falecimento de Rubens Alves Corrêa, um de seus familiares, Paulo Corrêa de Oliveira escreveu um texto sobre a trajetória do aquidauanense que marcou uma geração.
Vinte anos após sua morte, como forma de reativar a memória deste grande ator sul-mato-grossense e expoente cultural brasileiro, divulgamos este breve registro: Mãe: Presciliana Ribeiro Alves Corrêa (Dona Mocinha), Pai: Estevão Alves Corrêa Filho, Avô: Estevão Alves Corrêa (Coronel Chá). Um dos fundadores de Aquidauana – MS).
Rubens nasceu em Aquidauana, Mato Grosso do Sul, em 23 de janeiro de 1931. Estudou em Aquidauana, no Grupo Escolar Antônio Corrêa (1938 a 1942). A partir de 1942, no Rio de Janeiro, no Colégio São José, dos Irmãos Maristas.
Estudou piano com o maestro Ricardo Gail.
Fez o curso clássico (Filosofia, Línguas, Literatura) no Colégio Andrews e resolveu ser pianista profissional.
Durante a pausa obrigatória do serviço militar (Dragões da Independência, depois Ministério da Guerra) descobriu que seu caminho estava ligado ao Teatro Brasileiro. Estudou na Fundação Brasileira de Teatro (Dulcina de Moraes). Fez interpretação e dicção com Martinho Severo; voz com Clarisse Stukart, Lília Nunes, Fernanda Gianetti; direção teatral com Rodolfo Celi, Ziembinsky e Giani Ratto.
Durante quatro anos fez parte do grupo “Tablado”, de Maria Claro Machado, (1955 a 1959). Lá representou seus primeiros papeis: TIO VÂNIA (A.Chekhov) (1955). O TEMPO E OS CONWAYS (Priestley) (1958).
Em 1959 funda, com o cuiabano Ivan de Albuquerque, uma companhia com o nome de Teatro do Rio. Alugam um teatro, na rua do Catete, e apresentam lá seus espetáculos (1959 a 1967). Principais peças dessa época: A RATOEIRA (Agatha Christie)- 1959; O PRODÍGIO DO MUNDO OCIDENTAL (J.M.Synge) – 1961; ESPECTRO (Ybsen) – 1962; A ESCADA (Dias Gomes) – 1962; A INVASÃO (Jorge Andrade) – 1963; DIÁRIO DE UM LOUCO (Gogol) – 1964.
A partir de 1968 o grupo começa a trabalhar na sua sede própria, o famoso Teatro Ipanema. Principais peças: O JARDIM DAS CEREJEIRAS (A.Chekhov) – 1968; O ASSALTO (José Vicente) – 1969; O ARQUITETO E O IMPERADOR DA ASSÍRIA (José Vicente) – 1970; HOJE É DIA DE ROCK (José Vicente) – 1971; A CHINA É AZUL (José Wilker) – 1972; O BEIJO DA MULHER ARANHA (Manoel Puig) – 1982; ARTAUD! (Artaud) – 1986.
Últimos espetáculos: COLOMBO (Michel de Ghelderode) – 1992; O FUTURO DURA MUITO TEMPO (Louis Althusser) – 1993.
Principais filmes: Bonitinha mas ordinária, Álbum de Família e Perdoe-me por me traíres ( todos com direção de Braz Chediak); Deu no New-York Times (direção de Henfil). Caramujo-flor (curta: direção de Joel Pizzini).
Principais novelas: Partido Alto (TV Globo) – 1989; Kananga do Japão (TV Manchete) – 1986; Pantanal (TV Manchete) – 1990; Amazônia (TV Manchete) – 1992.
Principais prêmios recebidos: Molière – MELHOR ATOR – 1963; Padre Ventura (Associação de Críticos) – MELHOR ATOR- 1963; Governador do Estado de São Paulo – MELHOR ATOR – 1967; Molière – MELHOR ATOR – 1969; Golfinho de Ouro – MELHOR ATOR – 1969; Estácio de Sá – MELHOR ATOR – 1969; APCT – MELHOR ATOR –1970; Molière – MELHOR DIRETOR – 1972; Molière – MELHOR ATOR – 1982; Mambembe – MELHOR ATOR – 1982.
Apresentou-se em Campo Grande com as peças: O Beijo da Mulher Aranha (1982) e Colombo (1993); Em 1980, com Ivan de Albuquerque, ministrou um curso de “Direção e Interpretação Cênica” em convênio com o Departamento de Cultura de Mato-Grosso do Sul.
Apresentou-se em Aquidauana com os espetáculos: Diário de Um Louco (28/11/1972), fechando a carreira desta peça; Artaud! (04/08/1986), numa estréia nacional; Aquidauana (16/08/1992), texto de sua autoria homenageando o centenário da cidade, com suas reminiscências de infância, causando verdadeiro estupor emocional na platéia
Rubens Corrêa faleceu no Rio de Janeiro, em 22/01/1996, véspera do seu 65º aniversário.
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