Ao lado de sua filha, Yara Penteado, ela concedeu uma entrevista ao O Pantaneiro
Rhobson Tavares Lima
No dia 24 de janeiro, dona Carmen Geleilate, a "Carminha" como é carinhosamente conhecida, completou o seu 100° aniversário. Junto à sua filha única, Yara Penteado e com o receio da pandemia da Covid-19, elas preferiram comemorar a data ainda de forma íntima neste momento, já que pela saúde e lucidez invejável, não faltarão oportunidades para celebrar esta data especial em grande estilo posteriormente.
Em entrevista ao O Pantaneiro, sentada em sua cadeira de balanço em um belo jardim, ela nos conta que nasceu na fazenda São José do Desterro, localizada entre os municípios de Dourados e Ponta Porã. Mudou-se para Aquidauana pela primeira vez aos 16 anos para estudar na Escola Paroquial Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, das irmãs vicentinas e após a saída do internato, casou-se com Zózimo Almeida Penteado, o Zito, com quem foi morar em uma fazenda. O falecimento do marido aconteceu pouco tempo após o casamento, mas Carmen já estaria grávida de sua filha Yara.
Anos depois, retornaria para Aquidauana para casar-se com Jamil Geleilate, de família árabe tradicional na região.
Eles casaram-se na capital, no cartório de registro civil e na Igreja de Santo Antonio no dia 02 de agosto, um sábado de manhã. E foram para Aquidauana , onde ele havia construído uma casa de material, avarandada, para recebê-la, afirma Yara.
Pouco tempo antes, já havia formado-se em um curso de enfermagem obstétrica na Maternidade Cândido Mariano, na capital, em 1951, onde adquiriu grande conhecimento na área obstetrícia.
Na Princesa do Sul sua formação ganhou fama e ela realizou muitos partos. Mais de mil, segundo a filha.
O segundo esposo faleceu em 1964, mas Carmen nunca desanimou. Dedicou-se em manter o patrimônio conquistado com muito suor em diversas atividades: venda de porta em porta, tricô, crochê, produção de doces, compotas. Merecidamente, recebeu o título de cidadã aquidauanense pelos anos de história ativa em muitos setores.
Com 96 anos participava ativamente de passeatas na Afonso pena. Era tão marcante sua presença de andador que, certa vez, a passeata grande parou e do carro de som a puxada de aplausos e gritos ritmados com Palmas ...Dona Carmen.. Dona Carmen. Ecoa no minha memória com orgulho, até hoje.
Sobre o interesse pela política em Aquidauana, não faltam comentários:
Aqui também participou ativamente, lastimando os equívocos com muita lucidez, autocrítica e coragem. Ainda nova, casada com Jamil, participou como o que se chama hoje de ativista. Eram do antigo PSD, ferrenho adversário da UDN. Era imbatível nos bastidores, inclusive fazendo a antiga prática de boca de urna. Aliás, tudo era boca em boca, não era digital. Os comícios eram eventos famosos, até porque significava um programa para a época.
Atualmente, Carmen e a filha Yara Penteado, atropóloga, residem em Aquidauana no bairro Guanandy. Apesar da qualidade de vida de se morar em um local mais tranquilo, elas dizem sentir falta de mais amizades e visitas, mas sabem que, por conta da pandemia, todo cuidado é pouco.
Receba nossa homenagem, Dona Carmen, pelo seu dia todo especial! Muita saude, paz e todo amor que a senhora merece. Feliz Aniversário!
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Os atendimentos devem ser pré-agendados pelo Whattsapp
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