Lagoa afirmou que brigou com a vítima depois que Belarmino descobriu um caso com sua ex-mulher
Nesta segunda-feira (25) Lagoa mostra aos policiais onde teria escondido o corpo. / Divulgação
Nesta segunda-feira (26) o delegado Éder Oliveira Moraes deu detalhes do perfil do assassino de Belarmino Barbosa de Souza de 58 anos, ocorrido na madrugada do último sábado, dia 24, na Capital. Geronilson Souza do Nascimento, conhecido por “Lagoa”, com apenas 23 anos, já contabiliza 14 passagens pela Polícia e Sistema Prisional.
Em 2013, com 18 anos, Lagoa ingressa no crime, preso duas vezes no mesmo ano por furto. Em 2016, furtou três vezes e foi preso também por tentativa de homicídio. Já em 2017 teve passagens por violência doméstica, lesão corporal e roubo. Neste ano, em 2018, foi preso mais três vezes por roubo, uma por tráfico de drogas e dessa vez, até o momento, por ocultação de cadáver.
“Em Aquidauana, Lagoa foi preso por ocultação de cadáver e como o crime foi cometido em Campo Grande, deverá responder criminalmente na Capital, segundo o entendimento do delegado que assumir o caso, seja por roubo, homicídio ou latrocínio. Possivelmente será transferido para Campo Grande”, informou o delegado Éder.
Motivo do crime
Conforme explicou em depoimento, em 2016, Lagoa trabalhou em uma oficina de mecânica em Campo Grande, local onde ele conheceu Belarmino. Ele havia se desligado da oficina e neste ano voltou a trabalhar na mesma empresa, ocasião na qual passou a dividir moradia na casa da vítima.
Em abril, começou a trabalhar como servente de pedreiro e continuou a morar com Belarmino. De acordo com o assassino, em determinado momento, Belarmino pegou o celular de Lagoa e viu que trocava mensagens com a sua ex-mulher. Ele teria ficado com ciúmes diante do suposto caso amoroso entre Lagoa e sua ex-mulher.
O autor teria ironizado a vítima por conta disso. Na madrugada do sábado (24) houve uma discussão. Lagoa teria dito que pegaria as suas coisas e iria embora. A vítima argumentou, dizendo para ele não ir embora sem pagar as contas.
Ao jornal O Pantaneiro, o delegado Éder explica que, conforme a alegação do criminoso, neste momento, Belarmino teria dito que pegaria “uma coisa” para Lagoa. Quando se virou, Lagoa deu um soco na boca da vítima e um chute. Cambaleante, Belarmino caiu sobre a cama, momento em que o criminoso amarrou e desferiu golpes de martelo em seu rosto até que o matou.
Desfecho - Lagoa o embrulhou em dois cobertores, o colocou no banco traseiro do veículo modelo Gol da vítima e saiu em direção à Aquidauana, ainda no sábado.
Ele roubou R$ 60 reais. Na ponte do grego, jogou as duas toalhas usadas para limpar a casa da vítima e o martelo. Depois, seguiu rumo a um assentamento para visitar o filho na casa da ex-sogra, e continuou o percurso, abandonando o corpo em uma área de vegetação nas imediações do Indaiá 2. Chegando em Aquidauana, o carro deu problema mecânico e ele acabou abandonando-o. Ainda tentou sacar mais dinheiro da vítima, mas não conseguiu. Em seguida, deixou a chave do carro na casa de um amigo, foi na casa de outro amigo e foi para a balada.
No domingo, foi para a chácara em Piraputanga, onde foi detido. Preso em Aquidauana por ocultação de cadáver, também responderá criminalmente de acordo com os procedimentos instaurados a critério do delegado que assumir o caso em Campo Grande.
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