Mulher é cuidada com carinho pela família que vive na Vila São Pedro
Janita com o filho e a Nora. / Fotos: Luiz Guido Jr. e Ivynara Dias
Desde 2009, Janita Simão, de 52 anos, lida com Alzheimer e depressão. A situação só não é pior porque ela recebe cuidados especiais do filho, Levi Marques da Silva, e da nora Marta Pereira Lopes Marques, que vivem na Vila São Pedro, em Aquidauana. Como característica da doença, Janita se esquece dos nomes, dos cômodos da casa e até mesmo de como se vestir e, obviamente, não pode sair sozinha porque se perde facilmente. Mas nada disso é obstáculo para o amor da família.
Levi explica que, junto com a mulher e com a irmã, ajuda nos cuidados da mãe. Ela está com ele há aproximadamente um mês e transformou a rotina da casa, pois mesmo com todas as suas dificuldades, a mãe consegue extrair o que há de melhor nas pessoas. “Eu trabalho o dia todo e minha esposa fica cuidando dela, mas quando chego, ajudo a fazer tudo. Mudou nossas vidas, mas é um sacrifício que vale a pena”, comentou.
O Cras da Vila São Pedro, localizado na Rua Mário Guerreiro (Tel 3241-8056), presta assistência psicossocial a eles.
A doença
O dia 21 de setembro foi instituído pela Associação Internacional do Alzheimer (ADI), como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. A doença do córtex cerebral foi apresentada em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915) durante um congresso científico na Alemanha. Para a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a data é uma oportunidade para sensibilizar a população, as entidades públicas e privadas de saúde, bem como os profissionais da área, para essa doença que acomete mais de 1,2 milhão de brasileiros.
Caracterizada como uma doença degenerativa, progressiva e irreversível, a doença de Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratada a fim de amenizar os sintomas. O Alzheimer afeta a memória, a fala e a noção de espaço e tempo do paciente, podendo provocar apatia, delírios e, em alguns casos, comportamento agressivo. Um dos primeiros sintomas é a perda de memória para fatos recentes. Depois, ocorre a desorientação quanto a lugares e datas e mudanças de humor e comportamento – irritabilidade e agressividade. Na fase avançada, a pessoa pode ter alucinações, dificuldade na fala e na alimentação. Além disso, pode não reconhecer mais os familiares e tornar-se totalmente dependente.
Colaboraram Luiz Guido Jr. e Ivynara Dias
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