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História de vida

De bike e com um cachorro, colombiano sai de Medelin e para em Aquidauana

O viajante saiu do seu país de origem em busca de uma vida melhor e visita cidades do Brasil

Colombiano que veio de Medelin e parou em Aquidauana / O Pantaneiro

Não é todo dia que uma pessoa sai do país onde vive com um cachorro em cima de uma bicicleta em busca de uma oportunidade de vida melhor. Esse é o caso de um colombiano que viajou de Medelin até Aquidauana e fez o trajeto em um ano e um mês.

Sempre sorridente, o colombiano que carrega uma "mini casa" em cima de uma bicicleta diz viver tranquilo, apesar de ter tão pouco. Carregando apenas o necessário, ele viaja pelas ciades do Brasil na companhia de sua cadelinha que ele trouxe do país vizinho e segue em busca de emprego.

"Eu vim para o Brasil em busca de uma vida melhor, lá em Medelin as coisas estão meio difíceis, então estou aqui tentando conseguir um emprego para juntar um dinheiro, voltar e comprar um terreninho para construir minha casa", conta.

Colombiano viajante

Desde que saiu de Medelin até chegar em Aquidauana foram mais de 6.561,9 km. Ele concedeu entrevista ao O Pantaneiro. Durante todo o trajeto, o grande sonhador sobrevive de pequenas ajudas, quando ganha um alimento para cozinhar, e tudo o que recebe divide com a companheira de viagem, que segue com seu potinho cheio de ração.

"Na minha bicicleta carrego panelas, prato, chinelo, roupas, ferramentas, e coisas pessoas. A casa de duas rodas ainda carrega sua barraca onde ele dorme com a cadelinha e um colchonete e uma lona que os protege da chuva e dos ventos quando dormem na praça da cidade.

O colombiano assim como tentou em outras cidades, segue em busca de emprego, seja em Aquidauana ou em seu próximo destino. "Em Medelin eu trabalhava como pintor, mas também faço trabalhos manuais de macramê (tricô em linhas), mas sem dinheiro não consegue o material para produzir seus trabalhos", contou.

O viajante pretende ficar mais uns dias na cidade com rumo a Campo Grande, depois Três Lagoas eté chegar em Minas Gerais.

Questionado sobre viajar sozinho e ter uma família, o colombiano disse que perdeu o pai, irmãos que foram mortos na Colômbia, e agora deixou a mãe e mais três irmãos no país. "Mantemos contato sempre, minha mãe fala que faz um ano e um mês que sai de casa, mas sempre matamos a saudade e deixo ela ciente que estou bem", lembrou.

Ao Pantaneiro, ele conta que em suas lembranças vão ficar o trecho mais difícil de toda viagem que foi no Peru, quando passou por um trecho que estava -5ºC e não tinha onde se abrigar, nem uma casa para bater, e nem pedir ajuda. Assim como na lembrança e como recordação vai levar coisas que conseguiu adquirir na viagem como dentes e couro de jacaré que encontrou pela estrada.

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