Acusado disse que agiu para se defender após ser agredido por vítima
Ferido a facadas, Paulo saiu com seu veículo, mas bateu em árvore e morreu no hospital / O Pantaneiro
A esposa e dois filhos do empresário, Ivan de Souza, acusado de matar Paulo Romualdo, 53 anos, com duas facadas após a cobrança de uma dívida, teriam presenciado o crime, conforme as declarações prestadas pelo suspeito na delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, na manhã desta segunda-feira (02). O homem foi indiciado pelo crime de homicídio doloso e liberado, já que não estava em situação de flagrante.
O crime ocorreu na manhã da última sexta-feira (28). O empresário - que se apresentou nesta segunda acompanhado pelo advogado -, contou sua versão sobre o crime.
Ele disse que chegava em seu estabelecimento, que passava por uma reforma, quando Paulo Romualdo chegou em um veículo. "Havia uma dívida trabalhista com a irmã de Paulo, que se encarregou da cobrança dessa dívida, eles estariam negociando por dois ou três dias, ele [suspeito] chegou a oferecer uma moto, mas não deu certo. Na sexta ele ligou bem alterado e foi até a auto-escola", explica o advogado José Tiago Bonifácio Fontes.
Paulo teria saído de seu veículo, conforme o suspeito, bastante alterado. "Estava bravo, gesticulando, quando meu cliente que estava chegando do almoço, saiu do carro dele também", conta o advogado. Neste momento, segundo o depoimento do empresário, Paulo passou a agredi-lo. Após um chute, o empresário conta que caiu de joelhos e foi novamente agredido, quando então desferiu as facadas, ainda de joelhos no chão. "Ele acreditou que Paulo estaria com algo na cintura", destacou a defesa.
Ainda, segundo o relato, a esposa e dois filhos do empresário estavam no local e presenciaram o crime. Paulo, ferido, foi até o carro e saiu. "Ele teria dito que voltaria ao local, então meu cliente se trancou dentro da empresa com a família", disse. Após saber da morte de Paulo - que colidiu o carro contra uma árvore minutos após as facadas -, o empresário procurou um advogado e se apresentou nesta segunda.
A defesa alega que o empresário não esfaqueou a vítima por causa da dívida, mas sim, para se defender. "A questão não foi a dívida, ele deu o golpe para se defender", salientou José Tiago.
Com a apresentação do suspeito somente dias após o fato, em situação que a lei não considera flagrante, o autor foi indiciado por homicídio doloso e liberado após prestar esclarecimentos. A Polícia Civil prossegue com a investigação e deverá ouvir outras testemunhas sobre o caso, para que, após finalizado o inquérito, seja encaminhado ao Ministério Público.
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