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Aquidauana

“Eu não podia tomar nem um copo de água”

Por sete anos com os rins completamente paralisados, Leide faz transplante e comemora poder realizar as coisas simples da vida

A aposentada Leide Aparecida Ribeiro Barbosa, de 37 anos, aprendeu a dar ainda mais valor à vida e comemora coisas simples, como tomar um copo d´água. Com os rins parados totalmente por sete anos, ela iniciou sua vida nova há quase dois meses, quando fez o transplante de rim na Santa Casa de Campo Grande, no dia 25 de outubro.
“Comecei a descobrir que eu precisava fazer diálise em 2012, quando eu comecei a inchar. Fui inchando, inchando e quando passei muito mal resolvi procurar um médico e foi constatado que meus rins não estavam funcionando mais. Quando a doutora foi olhar meu estado ele já era muito grave e foi só um milagre de Deus porque meu coração estava a ponto de romper, eu estava muito inchada , tinha muito líquido acumulado e foi quando comecei a dialisar”, explica.
Com os rins completamente paralisados, ela lembra que não podia tomar água e nem conseguia urinar.
“Aqui em Aquidauana é muito quente e tinha dias que eu morria de sede e não podia tomar uma água, tinha que tomar cuidado com que comer, tinha falta de ar e não conseguia urinar. Era só a máquina mesmo pra tirar. Dou graças a Deus por este tempo porque nunca passei mal. Não é fácil porque judia do nosso organismo e da gente. São de três horas e meia a quatro horas ali sentada em frente aquela máquina, então eu fiquei sete anos assim”.
Com muito medo de realizar o transplante, Leide conta que chegou a falar não quando foi chamada.
“Eu tinha muito medo de transplante, então eu pedia a Deus que fizesse um milagre na minha vida e que eu não precisasse fazer aquela intervenção. No ano retrasado eles tinham me chamado, mas eu fiquei com medo e acabei não aceitando. Mas Deus é maravilhoso e quando você precisa daquela benção ele mostra. Este ano, fui chamada mais uma vez porque acharam um rim compatível com o meu. Já vi muitos colegas na fila que nos deixaram, então eu entendi que quando a gente é chamado é um milagre. Hoje estou transplantada, me recuperando e muito feliz “.
Leide faz um apelo e alerta sobre a importância de doações de órgãos.
“As pessoas que precisam de rins e de outros órgãos sofrem porque ainda falta muita consciência das pessoas em autorizar as doações. É tão importante isso pra gente. É uma nova chance de recomeçar a nossa vida e muitas vezes até de vivê-la”.

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