O Pantaneiro completa 56 anos de existência no mês de maio
Kamila Alcântara
Com a chegada da pandemia de Coronavírus, muitas redações de jornais precisaram se adaptar e os repórteres captarem informações de forma remota, em casa. Essa realidade, que vem se tornando tendência, já era a rotina da equipe de reportagem do O Pantaneiro há cinco anos e, nesta quarta-feira (7), Dia do Jornalista Brasileiro, vamos compartilhar como nossas engrenagens funcionam.
O Pantaneiro completa 56 anos de existência no mês de maio, graças ao trabalho e dedicação do jornalista José Lima Neto, que atuava em todos os setores na produção do jornal impresso. O filho Rhobson Lima lançou o site em 2003 para complementar e, com o passar do tempo, foi acompanhando a potencialização das ferramentas digitais e hoje o site O Pantaneiro está “andando com as próprias pernas”, com o bônus de estar em expansão nas redes sociais.
“O curso de jornalismo na nossa região é relativamente novo e quando alguém sai de Aquidauana para estudar, volta preferindo atuar em rádio. Cinco anos atrás que eu decidi procurar jornalistas para trabalhar home office, tendo um repórter aqui em Aquidauana para fazer a apuração na rua, gravando áudio e fazendo as fotos”, conta Rhobson.
Ele lembra que o convite causou estranheza para os jornalistas no começo, mas tudo foi se adaptando. “A jornalista Aline Oliveira, que já foi do Correio do Estado, trabalhou muito tempo com a gente e me disse ter estranhado a nossa proposta de trabalho no começo. Hoje ela está em São Paulo terminando o mestrado e possui um contrato de trabalho exclusivamente para trabalho remoto”, destaca.
Atualmente O Pantaneiro conta com uma jornalista de Política, dois para o hard news, em que um deles mora em Dourados, uma que seleciona pautas para as edições impressas, o chargista e eu, Kamila Alcântara, que produzo matérias especiais locais. Todos nós trabalhamos remotamente, com o apoio da Samara Oliveira e do jornalista Cristiano Arruda, que estão na redação em Aquidauana.
“Confesso que algumas vezes sinto falta de conhecer cada cantinho de Aquidauana e Anastácio para melhor entender o fato e traduzi-lo para o leitor, mas nós do jornal O Pantaneiro contamos com olhos e ouvidos atentos nas cidades, a equipe que é da sede do jornal nos traz as informações e supervisiona todo o trabalho, a fim de evitar falhas. Tem dado certo e percebo que o home office, até para o jornalismo, é o futuro. Basta que sejam criadas ferramentas de trabalho e é uma forma de estar em mais lugares ao mesmo tempo”, diz Anahi Zurutuza, que trabalha no Campo Grande News e colabora de forma Freelancer para O Pantaneiro.
“Estou no Pantaneiro desde o dia 9 de janeiro de 2017, desenvolvendo a charges diariamente, ininterruptamente. Para O Pantaneiro, sempre trabalhei a distância, mas sempre com contato próximo da equipe local que sempre me forneceu subsídios para o desenvolvimento dos materiais e acima de tudo a liberdade do jornal. Durante a pandemia, conseguimos produzir normalmente, pois já era um hábito o trabalho remoto”, compartilha nosso chargista Ricardo Mayeda.
“Essa não é a primeira vez que trabalho em home office. Acredito que se a equipe tem comprometimento o trabalho funciona bem! Jornalismo é trabalho em equipe”, defende Kátia Kuratone, que mora em Dourados e está todas as manhãs no hard news.
Preferindo não citar o nome, a nossa repórter de Política já conseguiu vários conteúdos de qualidade. Ela lembra como foi sair para produzir matérias pela primeira vez de máscara e não vê a hora do jornalismo “presencial” ser real para todos.
“Como eu era sozinha na minha editoria (Política e Brasil e Mundo) já estava acostumada a fazer entrevistas por ligação ou WhatsApp, mas foi um choque tudo isso. A primeira vez que sai para fazer uma entrevista de máscara foi estranho. Em março do ano passado consegui uma entrevista com o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e conseguimos fazer diversas matérias com as informações”, destaca.
Equipe local
Samara Oliveira é formada em Direito, mas desde junho de 2019 está trabalhando com jornalista de rua. A competência na rotina de um jornal foi tanta, que não tem um conteúdo – site, impresso ou redes sociais – que não tenha passado pelos olhos dela. Inclusive é ela que mantém a ponte entre os jornalistas remotos e a redação em Aquidauana. Hoje ela é oficialmente uma acadêmica de jornalismo!
“Não foi eu que escolhi, foi o jornalismo que me escolheu! Eu me identifico muito com a área, a correria em todos os momentos... Mas tenho curiosidade em saber como é uma redação de jornal com vários jornalistas juntos”, diz Samara.
Todas as manhãs, o jornalista Cristiano Arruda chega ao O Pantaneiro, liga o computador e vai entender o que aconteceu no mundo enquanto estava em casa. Pontua os conteúdos de relevância e dá prioridade aos assuntos mais forte na região. Ele veio somar a nossa equipe já estando em pandemia.
“Com a pandemia todos os setores foram afetados, não foi diferente com o jornalismo. Sendo assim, tomamos todos os cuidados, principalmente quando vamos e voltamos da rua. Sabemos que todo cuidado ainda é pouco, mas fazemos de tudo para levar a informação da melhor forma para o nosso leitor, tanto no online quanto no impresso”, valoriza Cristiano.
Neste Dia do Jornalista Brasileiro entendemos a importância de estar sempre inovando, para levar informação segura e de qualidade para todos, rompendo todas as barreiras – principalmente a da distância.
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