Um grupo foi às ruas para protestar, pedindo solução para a situação diante de adoecimentos e dificuldades para respirar. Empresa emitiu nota à imprensa.
Moradores de Aquidauana, especialmente nas áreas vizinhas à Siderúrgica Simasul, estão preocupados com a poluição que seria gerada pela unidade industrial. Um grupo foi às ruas para protestar, pedindo solução para a situação, diante de adoecimentos e dificuldades para respirar.
Os moradores relatam que a sujeira está não apenas sujando suas casas, mas também impactando gravemente a saúde, com casos relatados de problemas respiratórios em idosos e crianças.
Desde julho, vídeos e imagens compartilhados pelos residentes mostram uma densa nuvem de fuligem preta emitida pela fábrica, afetando diretamente a qualidade de vida na região.
Uma residente, em um desabafo angustiado, afirmou que sua mãe está passando mal devido à poluição e criticou a falta de ação da empresa. “Não estamos pedindo que a empresa feche, apenas questionamos a sujeira que entra em nossas casas e os impactos na saúde de nossas crianças e idosos”, destacou uma moradora. Ela ressaltou a dificuldade enfrentada por famílias carentes que vivem perto da siderúrgica e mencionou o alto custo para limpar a fuligem das casas, um gasto adicional significativo para muitas pessoas.
A situação está gerando crescente revolta entre os residentes das áreas afetadas, como Cidade Nova e Vila Pinheiro. Os vídeos e relatos acumulados desde o início do problema destacam a urgência de uma solução. Com o impacto visível na saúde e na qualidade de vida dos moradores, a pressão sobre a Siderúrgica Simasul para que tome medidas efetivas de controle de poluição e atenda às demandas da comunidade só tende a aumentar.
Outro morador revela que desencadeou problemas graves no pulmão e relaciona as atividades da fábrica. "Eu nunca fumei na vida. Fui para Campo Grande fazer exames e o raio-x mostrou como está grave", diz.
Ainda conforme o grupo, a direção da fábrica foi procurada e chegaram a visitar os moradores para registrar a situação, contudo, não teve solução.
Com dificuldades para falar e respirar, uma idosa mostra a quantidade de fuligem sobre móveis externos. "Eu não sei mais o que fazer. Os médicos estão dizendo que é isso (fuligem). Minha respiração está trancada. Eu não tenho para onde ir, não tenho dinheiro para aluguel".
Veja o que diz a siderúrgica:
NOTA À IMPRENSA
Acerca da manifestação de alguns populares, ocorrida na última quarta-feira (28/08), nas intermediações da Empresa Siderúrgica de Ferro Gusa do Mato Grosso do Sul, reafirmamos o nosso compromisso de produzir ferro gusa com o mais alto padrão de qualidade, de forma sustentável e com responsabilidade social sempre presentes nos mais importantes momentos de nossa história.
A Simasul preza pelo cumprimento das leis, que são asseguradas pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação de pensamento; e à liberdade de reunião, pacificamente.
Entretanto, à livre manifestação de pensamento e liberdade de reunião, assim como todos os direitos, também vêm acompanhadas de deveres e responsabilidades, desta forma, são condenáveis os excessos cometidos.
Aproveitamos a oportunidade, para estender aos nossos funcionários nosso apoio e solidariedade, em decorrência de acusações caluniosas recebidas recentemente.
Esclarecemos que a Simasul permanece aberta ao diálogo para a solução de possíveis controvérsias, desde que este diálogo seja pautado na legalidade, legitimidade, razoabilidade e principalmente na VERDADE.
Frisamos ainda, que a Empresa Siderúrgica de Ferro Gusa do Mato Grosso do Sul nunca se negou, e nunca se negará a atender quaisquer pessoas que nos procurem, contamos com um canal de ouvidoria, atendimento presencial à população local e reiteramos que visitas agendadas podem ser realizadas para averiguações e comprovações de que toda a sua operação é rigorosamente realizada dentro da legislação trabalhista e ambiental.
Outrossim aproveitamos para agradecer ao apoio da maioria dos moradores e comunidade do entorno que são reconhecedores dos nossos esforços e torcem pelo desenvolvimento de nossa cidade e foco na manutenção dos mais de 450 empregos diretos que a SIMASUL gera. Esse apoio é explicito em um documento de abaixo assinado com mais de 6000 (seis mil) assinaturas da comunidade local em apoio às atividades da empresa e quanto ao seu benefício para a população de Aquidauana.
PolÃcia
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