Casal sofre dificuldades para cuidar dos filhos especiais e já mandou mais de 20 cartas ao programa
Luiz Guido Júnior
As dificuldades e desafios de Alexander Hortêncio Feijó, de 39 anos e a mulher Anselma Pereira Benites, de 28 anos, são inúmeras. O casal muito humilde, que mora na Rua 18, Bairro Nova Aquidauana, passa por dificuldades desde o nascimento do primeiro filho, Diogo, de 11 anos, que não consegue andar. Passados dois anos, nasceu Tiago, com deficiência intelectual e o mais novo, Lucas, de 8 anos, possui problemas na fala, mal consegue se comunicar e aponta quando quer beber ou comer.
Com ajuda de pessoas que sabem da situação difícil da família, Alexander também procurou a reportagem do jornal O Pantaneiro para contar que, mesmo sem saber ler, conseguiu que enviassem mais de 20 cartas ao programa ‘Caldeirão do Huck’ para que sua história consiga ser contada pelo apresentador da Rede Globo.
“Eu não sei ler nem escrever, mas consegui que mandassem cartas para ele, pois eu queria que ele viesse aqui para ver a situação das crianças. Dói demais em um pai ver isso e eu estou desempregado, trabalhava em fazenda, mas tive que sair para cuidar dos meus filhos”, conta esperançoso em conseguir a ajuda de Luciano Huck.
Duro cotidiano
Alexander relata que há muitas dificuldades, uma delas é quanto ao banheiro da casa, que não é adaptado às pessoas com necessidades especiais. “Tenho que montar um ferro todos os dias para dar banho no mais velho. A gente precisa levar ele no colo. E quando ele vê o irmão mais novo andando, ele também quer andar. Fico observando isso e corta meu coração”, disse o pai em lágrimas.
“Quero dar uma vida melhor aos meus filhos. Eu ganhei uma moto para buscar fraldas e leva-los ao posto de saúde. Se não tivesse essa moto, não sei como seria. Os dois mais velhos já estão aposentados por invalidez e é com esse dinheiro que sobrevivemos aqui”, desabafou Alexander.
O casal pede ajuda para que sua história de luta chegue até Luciano Huck. “Gostaria muito que ele viesse aqui e visse como a gente vive. Eu tenho esperança.”
*Com informações de Luiz Guido Jr.
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