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Pandemia impede a realização do tradicional almoço de São Sebastião na Aldeia Limão Verde

Foto da celebração de 2020 / Arquivo Pessoal

Muitos indígenas da Aldeia Limão Verde, em Aquidauana, são devotos de São Sebastião e dia 20 de janeiro sempre foi marcado por celebrações, missas e comunhão entre os fiéis. A pandemia de Covid-19 impede a realização da festa, mas a fé e devoção está sendo exercida entre todos, da maneira mais segura.
Almooço realizado após a Missa de São Sebastião, em 2020.
Normalmente, a celebração de São Sebastião tem início no dia 18, em que missas durante a manhã e a noite são realizadas, além do almoço com a presença de todos os fiéis.
Desde que a segunda onda da pandemia se fortaleceu, as lideranças indígenas decidiram fechar o acesso de pessoas que não são da comunidade.
Com as restrições por segurança, no próximo sábado (23), os moradores estarão realizando um Terço.
Marilza é devota de São Sebastião e, como os outros moradores da Limão Verde, irá celebrar no Terço de sábado.
"Apesar de não ter realizado o evento, somos gratos por tudo de bom que tem nos abençoado, para nossa comunidade e família. E tudo acontece na vontade de São Sebastião, se não teve a festa esse ano, foi da vontade dele", destaca o jovem André Gabriel, filho de uma das organizadoras do evento, a Marilza.
São Sebastião
São Sebastião nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. Desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.
Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos , porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.
Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.
São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.
*Com informações do site católico da Canção Nova

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