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Com desafio no setor, pesqueiros estão preparados para a nova temporada de pesca

Rancho do Pescador Paraguai Mirim / Arquivo Pessoal

Termina nesta segunda-feira (1°) o período da Piracema nos rios de Mato Grosso do Sul. Os empresários do ramo passam esse período se preparando para a nova temporada de pesca, que ainda traz desafios econômicos, por conta da pandemia, e até com as normas impostas no ano passado.

O Pantaneiro conversou com Juliano Aparecido Bressan que, ao lado do sócio Altair Souza, são responsáveis pelo Rancho do Pescador Paraguai Mirim, que fica a 80 km de Corumbá. Ele conta que os meses de Piracema são usados para melhorias no pesqueiro, mas não deixa de ser um período complicado e desafiador, pois ficam sem renda.



Quando a temporada de pesca volta, é o momento desses empresários “recuperarem o tempo perdido”, mas a pandemia ainda não acabou, tornando esse retorno com uma previsão de recuperação econômica instável.

“A expectativa é grande, pois o rio está subindo, tem muito volume de peixes. Porém o resultado vai depender da pandemia, essa situação que está complicando nosso trabalho”, pontua Juliano.



Entre os distritos de Piraputanga e Camisão, no KM 35 da Estrada Parque (MS-450) de Aquidauana, encontramos o Pesqueiro do Ely Fernandes. Ele vive da pesca há mais de 30 anos, sendo um dos únicos da região com barranco de areia amplo para pesca esportiva e amadora, além de aluguel de barcos.

Com tantos anos de experiência e uma propriedade grande, Ely investiu no que tinha para se manter durante o período da Piracema, oferecendo trilhas históricas e arqueológicas em seu espaço, possuindo registros de uma civilização com mais de cinco mil anos.

“Durante a Piracema ficamos completamente parados, mas a gente encontra outras maneiras de conseguir renda, com o ecoturismo, que está se fortalecendo com a pavimentação da Estrada Parque. Isso tem me ajudado muito nesse período”, destaca Ely.



Sobre o retorno, o profissional possui ainda algumas observações sobre a Legislação da pesca em nosso Estado, pois acredita que a região de Cabeceiras, como Aquidauana, ainda precisa ser vista com mais carinho pelas autoridades por questões técnicas, que só quem tem muitos anos de pesca consegue se sensibilizar. Por conta de todas essas questões, Ely diz que todo retorno é desafiador para os empresários.

“O nosso peixe realmente está se acabando, então cada ano a gente enfrenta um desafio negativo. É importante que quem faça as Leias estejam ao nosso lado e em conjunto para traçar as metas de desenvolvimento que fique bom para todos: nós, clientes e meio ambiente”, observa.

Para quem gosta de aventuras no rio, não apenas pescar, o Pesqueiro do Ely oferece descidas no Córrego Morcego, tem espaço de camping para 150 pessoas, 30 leitos em apartamentos climatizados, além de translado na Serra do Paxixi.

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