Estar bem colocado profissionalmente está se tornando cada dia mais um desafio, imagina para uma pessoa com limitações motoras? Mas Ricardo Suleki, de 41 anos, não focou nas dificuldades e empreende vendendo churros em frente ao Atlântico, maior centro comercial de Aquidauana, conquistando clientela fiel.
Neste Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado desde 1992 em 3 de dezembro, um grupo de amigas e clientes do Ricardo procurou a reportagem do O Pantaneiro, pois admiram muito a força de vontade e coragem dele. Cadeirante desde 2002, ele não deixou nenhuma das adversidades da vida o desanimar.
Ele conta que foi em março de 2002, quando voltava para a usina que trabalhava em Maracaju, que um acidente mudou sua vida. O carro deslizou em um buraco na ponte, fazendo o veículo capotar. Quando o carro virou, Ricardo caiu com todo o peso do corpo nas costas, perdendo imediatamente os movimentos das pernas.
“Fiquei 78 dias internado na Santa Casa e, quando recebi alta, sai sem nenhuma informação de como seria minha vida dali pra frente. Fiquei quase um ano tendo frequentes infecções urinárias, até que consegui vaga no [Instituto] Sarah Kubitschek, em Brasília, onde estudei para o processo de readaptação. Lá eu vi que minha vida era um milagre de Deus”, compartilha Suleki.
Quatro anos atrás ele estava desempregado, mas atuava em um time de basquete, representando a cidade de Presidente Prudente no Campeonato Paulista. Conversando com um amigo de time, que trabalhava com churros, Ricardo se interessou e com esse amigo aprendeu a massa e todas as técnicas para um bom churros.
Hoje, seu carrinho vende o churros de tamanho tradicional, nos sabores: chocolate, doce de leite e creme de avelã. Também os mini churros, em uma cartela com 13 unidades, ideais para confraternizações.
“A gente tem que enfrentar, a cada dia, os nossos problemas. Não podemos nos acovardar perante as dificuldades. Creio que Deus não prova ninguém, nós causamos os nosso problemas e precisamos enfrentar até o final. Nunca pare de lutar, nunca pense que o seu problema não tem solução. Tem solução se você romper seus limites e sair da zona de conforte, pelo menos tentar. Ai se não conseguir, peça ajuda”, concluiu Ricardo com essa reflexão.
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