X
Nossa gente

#SemanaDaMulher: professora mostra que lugar de menina é no laboratório de robótica

Arquivo Pessoal

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, O Pantaneiro preparou uma série de matérias destacando mulheres de grande importância para o empoderamento feminino em Aquidauana e região, cada uma em sua área de atuação e particularidades.

Nesta quinta-feira (4), destacamos a professora do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), a doutora Marcia Ferreira Cristaldo que, entre todos os projetos que coordena, é responsável pelo MAIA (Meninas Aprendendo Inteligência Artificial), é integrante do grupo Ctrl + FEMME do Campus de Campo Grande e possui experiência em Olimpíadas de Robótica.

Ela conta que, ao retornar do doutorado em 2017, observou a falta de meninas no Campus de Aquidauana trabalhando em pesquisas de extensão. Foi ai que começou a oferecer oficinas e mostrar a importância delas estarem inseridas na área de tecnologia.



Junto com o esposo, o doutor Leandro de Jesus, coordena o Grupo GREAT, que atua nas olímpiadas de robóticas, criando o primeiro grupo de meninas para participar de uma competição a nível nacional. Foi o pontapé para o grupo MAIA.

“[Elas] aprendem conteúdos não apresentados em sala de aula, um campo de estudos crescente na Tecnologia, a área Inteligência Artificial que já rendeu prêmios, viagens e muitas meninas trabalhando na pesquisa. Além de pesquisas, elas oferecem oficinas para as escolas com grupos somente para meninas a partir de 12 anos, onde mostramos exemplos de mulheres que criaram tecnologias para nosso mundo e colocamos em práticas algumas tecnologias que eles podem desenvolver em casa ou na escola”, destaca Marcia.

Por mais moderna que a nossa sociedade possa estar, quando comparamos com alguns anos atrás, o trabalho feminino nos laboratórios de informática ainda é pequeno, quase que “formiguinha”. Por conta disso, o Campus de Aquidauana acaba precisando de auxilio do polo da Capital para chamar mais atenção das meninas cientistas.



“A área de tecnologia tem poucas mulheres trabalhando, atualmente somos 25% trabalhando na área de tecnologia no Brasil, e existe muito emprego sem preencher vaga, pois as mulheres não estão inseridas na área. Preconceitos e pouco incentivo financeiro na pesquisa, esses dois problemas podem frear algumas expectativas, mas aos poucos vencemos as barreiras”, exemplifica a doutora.

Moradora da Aldeia Córrego Seco, a estudante Amanda Caetano Amorim é extremamente grato ao trabalho desenvolvido pela professora Marcia, que não refletiu apenas na área acadêmica, mas profissional e no seu desenvolvimento social.

“Quando eu entrei no IF era muito tímida, gaguejava demais quando precisava me apresentar. Ela me acolheu em sua casa, toda semana também tínhamos treinos para apresentação... Consegui me apresentar em uma Feira Internacional em 2019”, compartilha a jovem.



Na semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, a professora conclui dizendo que os pais são os principais responsáveis pelo incentivo das filhas em buscar uma carreira na ciência.

“Se analisarmos, tudo é ciência! Ela faz parte da nossa rotina. Acho que precisamos levar isso, cada vez mais, para as crianças. Só assim a próxima geração será diferente, pensará diferente. E seremos todos iguais, sem preconceitos e um Brasil mais desenvolvido”, termina.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Direitos humanos

Grupo de trabalho avaliará chegada de brasileiros repatriados dos EUA

Monitoramento servirá para organização dos próximos voos

Boletim Epidemiológico

MS registra 554 casos confirmados de dengue

Há um óbito registrado por dengue e dois em investigação.

Voltar ao topo

Logo O Pantaneiro Rodapé

Rua XV de Agosto, 339 - Bairro Alto - Aquidauana/MS

©2025 O Pantaneiro. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software

2
Entre em nosso grupo