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Lidio de Souza Neto

Fiasco: Copa do Mundo 2014

Primeiro, um ledo engano! A expectativa exacerbada, a overdose ?Neymarlesca?, a idolatria creditada sobre uma figura chamada Neymar, que mal se projetou para o esporte bretão, o futebol. Desprovido de experiência e comprometimento, que justificasse a veneração do povo brasileiro, que mais uma vez viu o seu sonho de hexa acabar melancolicamente, e de goleada. Pior que isso, só se fossemos goleados pelos argentinos!
 
A CBF, bem como, parte da imprensa brasileira, em especial a ?Global?, deu ênfase desmedida para coisas obsoletas. Cuidaram muito do ?porta-malas? do Hulk, dos olhos ?azuis? do Neymar, dos cabelos coloridos de algumas figuras, dos fartos bigodes de Felipão e Murtosa e se esqueceram da Alemanha, da Holanda...
 
A Copa teve, sim, o seu lado positivo. É claro que perdemos a Copa, e de goleada. Por outro lado, abre um alerta máximo, pela carência de novos ídolos, como: Ayrton Senna, João do Pulo, entre outros que não estão mais em nosso plano espiritual.
 
Em breve, não vibraremos mais com as vitórias de Cesar Cielo, de Maurrem Maggi, de Fabiana Murer... Hoje, não temos mais em atividade Émerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Hortência, Paula, Éder Jofre, Pelé, Garrincha, Ademir da Guia, Zico...
 
O Brasil está carente de renovação em todo seguimento esportivo. Os nossos ídolos em atividades estão prestes a aposentarem. Quem não renova, fica à mercê da soberania esportiva. Renovar é preciso!
 
O fantasma do maracanasso, que perdurou por mais de 60 anos, foi ofuscado pelo fiasco do mineirasso. Em resumo: que descanse em paz o Escrete Canarinho de 1950. Até que enfim, foram superados em 2014. E de goleada!
 
Para que possamos entender o fiasco da Copa de 2014, temos que levar vários fatores em considerações. Entre outros: a arrogância do técnico ?Felipão?; a falta de planejamento da entidade maior do futebol brasileiro, a CBF; a falta de atitude dos convocados, estes se preocuparam mais com suas tatuagens, cor do cabelo etc., se esquecendo do comprometimento com a Nação Brasileira.
 
O futebol congregou, até pouco tempo, mais países do que a celebrada ONU (Organização das Nações Unidas). A magia do futebol é inexplicável. Chegando ao ponto de unir até nações em guerra, em conflitos. Talvez, um dia, até inimigos históricos como israelenses e palestinos.
 
O futebol tem a capacidade de formar o maior coral de vozes do Planeta, quando da execução de hinos nacionais. Seja das grandes potências mundiais com Alemanha, Estados Unidos, Espanha, Itália etc., às pequenas, a exemplos das seleções da Costa Rica, Nigéria, entre outras. Estas superaram as disparidades, enfrentando de igual para igual seus adversários poderosos. Verdadeiras batalhas de Davi e Golias.
 
Para alguns foi lamentável a perda de Neymar, no decorrer da Copa. O pior de tudo isso, a imprensa nacional, que a todo custo tentou emplacar a falsa ideia na cabeça do torcedor, que Neymar seria o ?salvador da pátria?. Chegando ao absurdo das coincidências em compará-lo a Pelé. Só não conseguiram achar um novo Amarildo para honrar à ?amarelinha?, como em 1962.
 
Hoje o país do futebol está acéfalo! Nem Dunga, Tite, Muricy, Joaquim, Van Gaal... teriam como resgatar a hegemonia do pais do futebol, sem a necessária renovação. Hoje, há uma necessidade premente em adotar políticas eficazes para que a Seleção Brasileira volte a ocupar o lugar de onde não deveria ter saído. A começar fora das quatro linhas. Hoje, o país do futebol se veste de preto, vermelho e dourado.
 
 
LÍDIO DE SOUZA NETO - ESPAÇO VERDE

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