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Aterrador... - Delegado da Polícia Federal que interroga os acusados de corrupção em Rondonia (23 dos 22 deputados estão sob suspeita, além de alguns desembargadores, juízes, promotores, jornalistas, etc...) disse que o interrogatório dos mesmos foi "aterrador" e pode implicar na prisão de mais gente dos três poderes. Alguns, prá se salvar, estão entregando até a esposa. A amante, jamais...

Método "esquartejador" - A Polícia Federal que investiga esse cenário (que certamente não é o único no país) está fazendo uso do método "esquartejador", como se diz no linguajar policial: primeiro interroga os suspeitos sobre a corrupção, depois sobre drogas, preferências sexuais, fitas de sexo e até aparelhos usados no sadomasoquismo e que foram encontrados nas buscas e apreensões. Neste quadro as amantes ocupam um lugar de destaque no perfil dos envolvidos. A elas oferecem as regalias proibidas às esposas. A maioria tem uma mulher (amante) além da esposa. Alguns mantêm um harém. Uma conhecida cafetina de Porto Velho chegava a oferecer um serviço de pronta entrega - entrega de profissionais do sexo travestidas de modelo. Finalmente, um número respeitável de autoridades mantém relacionamento homossexual. Um vexame, mas que ilustra a forma de se fazer política em muitos contextos do país.

Região pantaneira enfraquecida - Comenta-se que a saída do deputado Roberto Orro da disputa eleitoral deste ano enfraquece a já frágil representatividade política da região pantaneira. O ex-prefeito de Corumbá, Eder Brambila, um dos que tinham chances de se elegerem, pelo PDT, teve a candidatura impugnada. Resta aos pantaneiros continuarem com Raul Freixas ou torcerem por alguma surpresa. E torcerem pelo "milagre" da eleição de Delcídio Amaral para o governo do Estado.

Corumbá: órfã - A região de Corumbá que já teve forte representação na política estadual, está atualmente órfã tanto na Assembléia como no Congresso Nacional. O último deputado de lá foi Sandro Fabri, do PPS, depois do velho Armando Anache e do folclórico Cecílio Jesus Gaeta.

No Governo - Depois de José Fragelli, que governou o Estado antes da divisão, vale lembrar que o último governador da região pantaneira foi Cássio Leite de Barros, vice de Garcia Neto, que assumiu já nos últimos dias do Mato Grosso uno. Pedro Pedrossian, "o homem de Miranda" não entra nesta conta por ser considerado "universal", ou seja, um político cujo nome transcende a uma região.

Fragelli e a corrupção - Como será que esse aquidauanense tido como referencia moral da política brasileira (chegou à presidência da república, interinamente, quando presidente do Senado) está vendo essa onda de corrupção que abala atualmente a estrutura dos três poderes da República?

Ainda sobre Fragelli - Nos bastidores da política estadual é conhecida a história de como José Manoel Fontanilhas Fragelli chegou ao governo de Mato Grosso. O processo de escolha era a de lista tríplice, de onde saía um nome escolhido pelo presidente da República. Era regime militar. O presidente: Emílio Médice, que havia sido comandante da antiga quarta divisão de cavalaria, em Campo Grande, para qual Fragelli prestava serviços como advogado. Ao receber a lista tríplice o general presidente teria perguntado se o nome de Fragelli estava nela. Os emissários nem entregaram a tal lista e Fragelli foi nomeado governador. Bom relembrar esses fatos nesses dias em que a história e os personagens de nossa região vêm à tona.

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