Até quando vai perdurar o descaso das nossas autoridades co-irmãs, em relação à reforma da Ponte Velha sobre o rio Aquidauana? Enquanto elas, as autoridades, em seus tálamos, descansam inertes aos acontecimentos, esse descaso continua fazendo vítimas.
Como não bastasse o menosprezo pelas questões ambientais, onde a ganância do bicho-homem extrapola todo o conceito de Preservação Ambienta em nossa região, temos, ainda, que conviver com o descaso de nossas autoridades constituídas pelo voto, no tocante ao direito de ir e vir dos seus munícipes.
?Todo cidadão brasileiro tem o Direito de Ir e Vir? (Art. 5 da Constituição Federal de 88). Além disso, cabe, também, ao Poder Público promover ao cidadão a tão sonhada ?Boa Qualidade de Vida?.
Nas condições que se encontra hoje, a celebrada Ponte Velha sobre o Rio Aquidauana, por si só, se tornou em uma ameaça iminente a integridade física de seus transeuntes.
Considerada como um dos principais cartões postais da região pantaneira, a Ponte Velha, como é conhecida, une dois municípios e seus respectivos poderes constituídos. De um lado, a cidade de Aquidauana. Do outro, a cidade de Anastácio. Até aí tudo bem!
É claro que o caro leitor deve estar se questionando: o que tem a ver com isso? Calma, que eu explico!
Antes, porém, vamos conhecer um pouco da história da Ponte Velha, denominada Roldão de Oliveira.
Em 28 de Junho de 1918, o farmacêutico, Roldão de Oliveira, Intendente Geral do município, foi autorizado a contrair empréstimo, até a quantia de ?cento e cinqüenta contos de réis?, para a construção da ponte.
Teve sua conclusão em 1921. Próximo a completar um século de existência, continua adornando o Rio Aquidauana com sua imponência, mas pede por socorro.
A Ponte Velha, como é chamada carinhosamente por aquidauanenses e anastacianos, demonstra sua perenidade vencendo sempre as grandes cheias ?efêmeras? do rio Aquidauana.
Construída sobre pilares de pedras, com lastro de madeira e estrutura de ferro, incorporou à memória paisagística do próprio rio. O seu perfil é o próprio símbolo da cidade ?Princesinha do Sul?.
Com um perfil único e inconfundível, representa o elo de amizade entre os dois municípios de Aquidauana e Anastácio.
A partir de agora o caro leitor vai começar a entender o porquê do título acima. O que queremos repassar é a nossa preocupação, acerca da péssima condição de conservação que se encontra a ponte em questão.
De um lado, à margem direita, está situada a cidade de Aquidauana. Do outro lado, à margem esquerda, está a cidade de Anastácio. O quê elas têm em comum? Ambas as cidades aludidas, são constituídas, obviamente, de seus Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Os quais, no estrito comprimento dos seus deveres legais, deveriam somar forças e promoverem a recuperação e a manutenção periódica desse importante elo entre esses municípios.
Hoje, na condição que se encontra o lastro de madeira sobre as ferragens deste cartão postal, passou a ser um risco iminente ao nosso maior patrimônio, nossa vida. Além dos nossos bens materiais (veículos de locomoção, etc.).
Aquidauanenses e anastacianos, além dos turistas, que visitam nossas cidades co-irmãs, são os mais prejudicados pela falta da manutenção da nossa querida e celebrada Ponte Velha.
Esperamos que soluções urgentes e eficazes sejam colocadas em práticas, antes que um mal maior aconteça em decorrência desse descaso das nossas autoridades co-irmãs. Caso contrário a Ponte Velha, com certeza, vai continuar sendo manchete sim, mas no mundo policial.
SARGENTO LÍDIO DE SOUZA NETO - ESPAÇO VERDE
SARGENTO LÍDIO DE SOUZA NETO - ESPAÇO VERDE