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Carlos Frederico

Por que Responsabilidade Social e Gestão Ambiental interessam à minha pequena empresa?

Carlos Frederico Corrêa da Costa*
Consultor de Gestão e Marketing
e-mail: cfccosta@terra.com.br

Com a competição acirrada do mercado, nem só de qualidade nos produtos ou serviços sobrevive uma empresa. Para garantir a clientela, é preciso cada vez mais agregar valor para diferenciá-los da concorrência.

Por isso, a Gestão da Qualidade deve envolver também duas áreas que, nos últimos anos, têm gerado ressonância no Brasil e no mundo: Responsabilidade Social e Gestão Ambiental. Muitas empresas, principalmente as grandes, já incorporaram esses valores. As pequenas e médias empresas não podem ficar à margem, porque também sofrem as mesmas pressões da comunidade e se submetem às mesmas regras e leis do mercado.

À primeira vista, parece exagero falar de Responsabilidade Social e Gestão Ambiental quando o assunto é garantir a eficiência de sua empresa, mas, não é bem assim.

Os investimentos da iniciativa privada em ações sociais têm crescido exponencialmente. As empresas estão descobrindo que ter atuação socialmente responsável com seus empregados, fornecedores, clientes e na comunidade onde estão instaladas proporciona a elas uma série de ganhos institucionais, promocionais e comerciais. As empresas fortalecem sua imagem, potencializam a marca e obtêm maior divulgação na mídia, reconhecimento público e apoio de empregados e parceiros.

Eficiência significa, além de gerar um produto ou serviço de qualidade, tomar medidas para que a empresa assegure o melhor para todos a sua volta, da moça do cafezinho ao cliente internacional.

Por meio da Responsabilidade social, as organizações se aproximam das comunidades e buscam excelência no exercício dessa prática sem perder seus lucros.

Muitas empresas brasileiras contribuem para o bem-estar da comunidade em que atuam, sejam elas micro, pequenas ou médias.

Responsabilidade Social não é uma questão de modismo nem é restrita às grandes empresas. Hoje em dia, a empresa ser responsável socialmente é tão importante quanto assegurar a qualidade, dispor de tecnologia e demonstrar capacidade de inovação, sendo esta regra válida mesmo para os pequenos empreendedores.

Os investimentos destinados às ações de Responsabilidade Social se revertem para a empresa de um modo pouco mensurável, mas fundamental: o fortalecimento da reputação corporativa e da marca, todos ganhando com isso: proprietário do negócio, funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade em geral.

Na prática como se faz para uma empresa ter essa chamada Responsabilidade Sócia? Primeiro a empresa deve ser vista como uma rede de relacionamentos entre stakeholders associados ao negócio. Os stakeholders são indivíduos, grupos, organizações e instituições que afetam a existência e as operações da empresa, ou são afetados por ela.

Conhecer as expectativas dos stakeholders é essencial para sustentar o projeto de Responsabilidade Social a ser implementado na organização.

A empresa deve se comunicar com seu público por meio de cartas de compromissos, sendo transparente e relatando o que está fazendo. Deve também estabelecer internamente um código de ética para toda a equipe, com o objetivo de manter a confiança pública na reputação da empresa, além de evitar prejuízos financeiros.

Desse modo, a empresa está preparada para implementar um projeto de Responsabilidade Social que seja sério e duradouro.

A estrutura a ser criada e a responsabilidade de gerenciamento das questões ambientais da empresa vai depender do tamanho e do ramo de atividade. O ideal é dispor de um profissional com experiência no setor e que saiba equilibrar os interesses da empresa e as demandas ambientais. Ele deve cuidar das atividades que envolvam o planejamento do Sistema de Gestão Ambiental e realizar a interface com a empresa, os funcionários e os demais envolvidos no processo.

Referência Bibliográfica
COSTA, Carlos Frederico Corrêa da. Adaptador de KAKUTA, Gisele (Jornalista); ANTUNES, José Aurélio (Consultor). O que vem por aí. In: Como garantir a eficiência. Coleção Gestão Empresarial.  São Paulo: Edições IstoÉ/Banco do Brasil, 2006. p. 70-77.

*Carlos Frederico Corrêa da Costa é doutor em História Social , bacharel em Administração e Consultor Empresarial. Elaborou o projeto, implantou e coordenou o Curso de Bacharelado em Administração do Campus de Aquidauana/UFMS.

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