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Fernando da Silva Batista

Professora sofre infarto fulminante após cobranças dentro de uma escola no Paraná

O time dos professores do Brasil sofreu mais uma perda.

Nossa colega professora Silvaneide Monteiro Andrade nos deixou de forma tão repentina, em pleno exercício da sua vocação, dentro da escola onde dedicava sua vida a ensinar.

No site GMC Online (31/05/2025) pode-se ler que "de acordo com a APP-Sindicato, que representa os profissionais da rede estadual, Silvaneide foi chamada por pedagogas e diretores por volta do meio-dia para prestar esclarecimentos sobre metas da plataforma de redação. Durante a conversa, a professora desmaiou dentro da sala da equipe pedagógica. Ela teria sofrido um infarto fulminante. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas a docente não resistiu".

A notícia me atingiu como um soco no peito. Uma professora que sofre um mal súbito durante uma reunião pedagógica, onde estava sendo cobrada por metas. Isso diz muito sobre a pressão que nós, educadores, enfrentamos diariamente.

Quantas vezes já não sentimos o coração acelerar diante das cobranças, das metas, dos resultados? Quantas noites sem dormir preparando aulas, corrigindo provas, pensando em como alcançar aquele aluno que parece distante?

Ser professor no Brasil hoje é um ato de resistência. É acreditar que, apesar de tudo, nosso trabalho transforma vidas. É seguir em frente mesmo quando o corpo pede pausa, quando a mente implora descanso.

Silvaneide era professora PSS - contrato temporário, aquela realidade que muitos de nós conhecemos bem. Precarização que se tornou regra, não exceção.

Que sua partida não seja em vão. Que possamos refletir sobre as condições de trabalho nas escolas, sobre a saúde mental dos educadores, sobre o valor real que nossa sociedade dá à educação para além dos discursos bonitos.

Aos familiares, amigos, colegas e alunos da professora Silvaneide, minha solidariedade. A todos nós, professores, meu abraço apertado e um lembrete: cuidem-se. Nossa luta por dignidade continua, mas precisamos estar vivos e saudáveis para travá-la.

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