Fernando da Silva Batista
Se me permite, deixe-me compartilhar um pensamento: deveria existir uma matéria na escola chamada SE.
Nessa disciplina, os alunos passariam um ano inteiro estudando frases simples, complexas, parágrafos inteiros e até casos da vida real, tudo girando em torno do uso correto do "SE" — ou, como chamamos em Raciocínio Lógico, o condicional. Com o mesmo peso que Matemática ou Português, essa matéria exigiria professores altamente qualificados, capazes de entender e ensinar o funcionamento mágico do "SE".
Parece exagero? Talvez, mas ouça este exemplo comum e tire suas conclusões:
Alguém pergunta:
— Se não chover, bora pra praia?
E recebe, como resposta:
— Ah, mas vai chover, sim. Deu na previsão.
Essa resposta revela alguém que reprovaria com louvor na disciplina "SE". Não porque está errado sobre a previsão do tempo, mas porque não entendeu a estrutura lógica do convite: "Se não chover, o convite está de pé. Se chover, está automaticamente cancelado." Não se trata de prever o futuro, mas de considerar cenários e se ajustar a eles.
O "SE" é libertador porque elimina a necessidade de acertar tudo de antemão. Ele nos convida a planejar possibilidades, não certezas. Imagine como isso simplificaria nossas vidas: menos mal-entendidos, menos estresse e, consequentemente, menos discussões desnecessárias. Em um mundo onde todos soubessem usar o "SE" corretamente, a comunicação seria mais eficiente e, talvez, a paz mundial estivesse ao nosso alcance.
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