Lembro dessa máxima do grande líder ao ensejo da disputa eleitoral que ocorre em outubro deste ano. Evidente que a nível nacional o quadro já esta definido para um pugna plebiscitária entre Governo e Oposições: Dilma e Serra, hoje difícil prever quem será vencedor.
Nos Estados, principalmente naqueles de maior expressão eleitoral, a tendência é para a vitória das oposições, excetuando nos Estados nordestinos, Ceará e Pernambuco, já domínio do PSB (Partido Socialista Brasileiro) e Bahia, com o PT.
Aqui em nosso Estado a previsão é de luta acirrada entre o PMDB e o PT, semi-governista e governista, correndo por fora o PSDB, DEM e o PPS. Embora haja uma indefinição do PMDB quanto a quem oferecerá o palanque para as eleições presidenciais, sobretudo porque o atual governador (que tem o domínio absoluto sobre o PMDB) está avaliando as vantagens que poderá receber eleitoralmente da Dilma ou do Serra. Enquanto, aos trancos e barrancos, ora com tiradas hábeis e outras de brucutu, não se decide o governador, as águas de janeiro estão conduzindo o barco eleitoral para uma eleição apenas entre André e Zeca. Será uma disputa quase de caráter pessoal entre duas personalidades que apreciam a polêmica, apaixonante para determinado tipo de eleitor, porém muito preocupante para a maioria do eleitorado que deseja seja ela de idéias, programas e de tom civilizado.
Isto mesmo, campanha eleitoral fundamentada em idéias, programas de governo, respeito as regras democráticas, civilizada, sem bate-bocas de horrorizar satanás. Ai entra a responsabilidade do BDR (PSDB, DEM, PPS), Bloco Democrático Reformista, para atender aos reclamos da maioria de nossos concidadãos que não desejam participar da preanunciada porfia de destrambelhos e acicates venenosos entre Zeca e André. Aqui vale – e como vale - o sábio conselho do velho Dr. Ulisses, segundo o qual a presença efetiva de um partido na disputa eleitoral é vital para sua sobrevivência.
Quem tem acompanhado a trajetória política do PSDB sobretudo nos três últimos debates eleitorais, pode testemunhar o desgaste que ele tem sofrido com a insistência de ser acólito do PMDB, se submetendo aos caprichos de uma liderança incontestável que puxa a sardinha somente para sua rede. Está, pois, na hora de o PSDB estadual se reabilitar, aproveitando dessas manobras prorrogacionistas do governador de levar na barriga sua decisão de quem apoiaria para presidência da República e qual a sua intenção de alianças no plano estadual específico.
O PSDB tem nomes potenciais, com títulos e prestígio, para com o apoio de seus aliados, o DEM e o PPS, participar efetivamente das eleições majoritárias (Governo e Senado), oferecendo os três partidos uma terceira opção, esta para livrar o eleitorado dessa estranha gangorra na qual há muitas eleições participam o PT e o PMDB.
Enquanto há tempo, pensem nessa real possibilidade os lideres do BDR e se definam para a luta, para não perder eleitores que insistem em manter a crença no Bloco.
*Foi deputado estadual, federal, constituinte em 88, secretário de estado e conselheiro do TC-MS