Olá, leitores do Jornal O Pantaneiro!
Vocês já ouviram falar em Aldravias?
Pois bem, o objetivo dessa coluna é compartilhar com vocês uma poesia aldravista por dia. Mas antes disso, falarei um pouquinho sobre esse gênero e também sobre como o conheci.
A Aldravia é um poema sintético, minimalista, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa nova forma demonstra uma via de saída para a poesia. O poema é constituído numa linométrica de até seis (6) palavras-verso. Esse limite de seis palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense o máximo de significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para a sua elaboração.
O movimento aldravista foi criado no ano de 2000 e em 2010 os mineiros: Gabriel Bicalho , J.B. Donadon Leal, Andreia Donadon Leal e JS Ferreira criaram a aldravia (nova forma – nova poesia), nesses nove anos de existência vem conquistando os poetas do mundo todo.
O nome aldravia vem da palavra aldrava, argolas de ferro mais usadas antigamente nas portas das casas em Mariana, Ouro Preto, Sabará entre outras cidades mineiras.
A aldrava era o que hoje para nós é a campainha ou interfone. Era usada para chamar os moradores da casa, pois seu som é bem mais forte que o som da batida de nossas mãos na porta.
Assim sendo, sintam a Aldravia bater nas suas portas, chamando-os para contemplar a poesia presente em poucas palavras.
Em 2013, em uma das minhas viagens ao Rio de Janeiro, tive o privilégio de conhecer o gênero, através dos amigos, escritores Luiz Gondim e Messody Benoliel, que me presentearam com o Livro Aldabas a cinco vozes, escrito por eles e mais três amigos. Foi AMOR a primeira leitura. Apaixonei-me no primeiro instante, e hoje, tudo é inspiração para eu aldraviar.
Os criadores da Aldravias são chamados de Poetas Aldravistas, e os novos amantes do estilo são chamados de Aldravianistas .
Desde 2013, eu sou uma Aldravianista e participo, sempre que possível, da Semana da Arte Aldravista e também das Antologias organizadas pelos criadores do gênero e publicadas pela Editora Aldrava Letras e Artes
Nesse último encontro, recebi a missão de coordenar a ABRAAI - Academia Brasileira de Autores Aldravianistas Infantojuvenil – no município de Anastácio/MS, um desafio que espero cumprir fielmente.
Para mostrar pra vocês que não é difícil produzir Aldravias deixarei na próxima postagem o ABC das aldravias.
Até mais, pessoal, espero que gostem!