
Blindados, hoje, com o alerta de uma contaminação que, NÃO necessariamente, revolucionará os sentimentos, as ações humanas...
Nessa cronologia, de vivermos aos moldes previsíveis, uma intempérie aqui ou acolá pode ser superada, administrada com dinheiro, cuidados pagos, rezas, orações, a vida segue...
As viagens adiadas, o desenfreado consumo, momentaneamente, contidos não transformarão em conscientização para uma mudança de estilo de vida, não irão reverter princípios, egoísmos, nada...
Comportamento vem de dentro, desigualdade faz barulho, tira o sono de quem enxerga a humanidade de um jeito diferente e a gente vai ficando obsoleto porque não tem intenet banking, não tem Instagram, não é moldado aos ditames e às rédeas de ser "igual".
O frio e o calor são atravessados com recursos, tecnologias, confortos, sem doer...
A vida, para muitos, é uma busca constante de "um sem doer", acontece que a vida dói...
Dói a fome que muitos fingem não ver
Dói o caos instaurado no brasil atual
Dói o desdém com a cultura
Dói a escassez da literatura
Dói o egoísmo
Dói o equivoco habitado no egocentrismo
Dói o desemprego, a desesperança de um filho
Dói o mundo fora dos trilhos
A vida dói sim, em nós, para nós.
A criatividade, característica de inteligência e senso de humor do país do Carnaval, é imensa, farta, alivia um pouco as dores vividas...
Na cronologia de viver assim ou assado, pimba, agora é preciso estar um pouco enclausurado...
É preciso aquietarmo-nos na mente...
Nesse Dia das Mães, não haverão restaurantes lotados, nenhum dinheiro do mundo pode, nesse momento, comprar a consciência, fazer uma média!
Fetos fomos, agora, fato, fartos!
Só podemos ser transformados em Afetos, é a única possibilidade que nos resta na nossa importante condição humana.
A vida, dói por fora, por dentro, são as delicadezas, as simplicidades, valores incompráveis, incomparáveis que nos tornam gente.
Feliz Dia das Mães?
O que é ser Mãe feliz?
Há um jeito, artesanal, onde a vida pode ser bela, um sorriso que irradia o sentido do dia, um fazer em casa, comidinhas, coisinhas que alegram o coração, um posso ajudá-la, um deixa que eu faço pra você, um eu te amo constante.
O óbvio é raro, o que não está à venda, é o que há de melhor no mundo!
Para as Mães que perderam seus filhos com o Covid-19, para as Mães que perderam filhos por quaisquer condições, para a humanidade toda que, de alguma forma, faz-se Mãe.
Para as mães do hospital, o carinho artesanal.
Afetuoso Dia das Mães em tempos de Pandemia!
