Na...
Retina íngreme, saudade...
Recordando o tempo... Criança!
Época de fogueiras... Festanças!
Quanta diversão... Simplicidade!
Onde a verdadeira amizade...
Simbolizava, paz... Alegria!
Mutirões, todos juntos... Faziam!
Não se falava em... Pagamentos!
Tudo questão de momento...
Nesta parceira, trocavam... “Dias!”
As esposas, todas reunidas...
Preparavam, delicioso... Almoço!
Não tinha angu de caroço...
Viabilizavam saborosa... Comida!
Quando estava, pronta, as batidas...
Anunciava, servida... Mesa!
Todos oravam a seu jeito... Sutileza!
Depois, saboreavam, suculento... Churrasco!
“Dessa ponta de peito, dá um lasco...”
Muita calma, garoto... “Malvadeza!”
Os anos de minha infância...
Na querida, Colônia... “Pulador!”
Terra da farinha, melhor... “Sabor!”
Onde cultiva-se simplicidade... Elegância!
Sem maldade, soberba, arrogância...
Um pedaço do Torrão... Nordestino!
Os Joãos, Josés, Manoels... Severinos!
Conseguiram preservar suas... Raízes!
Hoje, anciãos, saudosos, felizes...
Falam orgulhos, dos... “Meninos!”
Quando ouve a... “Asa Branca!”
Hino do consagrado... “Gonzagão!”
No peito, sacode, tremula... Coração!
Recordando, garganta... Tranca!
Numa conversa, sincera, franca...
Relembrando viagem... “Pau de Arara!”
Do velho habitat, choupana... Seara!
Rememorando, plantação... “Xique-xique!”
Honestos, não toleram, trambiques...
Lembranças, não cicatrizam... “Sara!”
Poema: Valdemir Gomes dos Santos 13/05/2021