Valdemir Gomes
Resolvi...
Fazer uma viagem...
Pelas estradas... Pantaneiras!
Tristeza, fumaça... Poeira!
Fogo em ambas... Margens!
Diante da fúnebre... Paisagem!
Animais, patas... Queimadas!
Perambulavam, pela... Estrada!
Tentando fugir... Perigo!
Cinzas, deserto, abrigo...
Vítimas, ambição... “Famigerada!”
Antes matas, grandes... Leiras!
Madeira, fornos... Carvão!
Quanta insanidade... “Agressão!”
Vargens, esturricadas... Poeira!
Peixes mortos, feito... Esteiras!
Revoada aves... Rapina!
Sufocante, fumaça... Cortina!
Sol, fogo, ofuscando... Luz!
Resta-nos pedir a Jesus...
Em excesso... “Neurotoxinas!”
Rios, margens desbarrancadas...
Seus leitos... Esparramados!
Cardumes pelos predadores... Devorados!
Toda beleza tem... “Ofuscado!”
Onde havia solo... “Encharcado!”
Apenas em foto... “Memória!’
Saudade dos tempos... “Glória!”
Outrora, habitat do poeta Manoel...
Hoje morando no céu...
Aos anjos, contando... “Histórias!”
Assim, registro... “Protesto!”
Em forma de versos... “Poesia!’
Peões da boiada... “Guia!”
Trapos humanos, simples... “Restos!”
Em seus nomes... “Manifesto!”
Um tanto quanto... “Indignado!”
Como os animais... “Desabrigados!”
Gestor, inerte... “Bravateiro!”
Sem noção, projeto, roteiro...
País, aos olhos do mundo... “Chamuscado!”
Poema: Valdemir Gomes dos Santos 13/09/2020.
Voltar ao topo