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Valdemir Gomes

Vou...

Vou...

Descrever realidade, fato...
Triste, pitoresco... Inusitado!
Rio taquarussú, assisti pacu... Encalhado!
Humano, insano... Ingrato!
Pena, não pude tirar... “Retrato!”
Peixe, debatendo, pedindo... “Socorro!”
Areia, margens desmataram... “Morro!”
Enxurrada, ruas descem... “Ladeira!”
Digamos, mau gosto... “Brincadeira!”
Portanto, merece, repúdio... “Esporro!”


Falar sobre sinistro...
Caso redundante... “Recorrente!”
Diria Tiririca: “Abestado, insolente!”
Porém, mais um protesto...  Registro!
Anunciada, tragédia... “Mostro!”
Após, vem sessão... “Maquiagem!”
Nada além, enganação... “Manolagem!”
Urgente, necessário, solução... “Jeito!”
Assim, fere “antigo aceito...”
Mas, desgraça pouca... “Bobagem!”


Munícipe pergunta, até... “Quando?”
Iremos aceitar, permanecer... “Passivo!”
Piracema, somente, fotos... “Arquivo!”
Ceifada vida, natureza... “Chorando!”
Basta de ser conivente... “Reclamando!”
Exigimos, atitude... “Resolutividade!”
Não suportamos tanta... “Promiscuidade!”
Cena repugnante, provoca... “Calafrios!”
Em respeito, saúde do rio...
À luta, ação, mãos à obra... “Objetividade!”


Poetizar o triste, problema...
Como... “Chover no molhado!”
Gestor, água, açude... “Parado!”
Saudade da fiscalização... “SEMA!”
Hoje, palavra em voga...  “Esquema!”
Instituições, órgãos... “Dilacerados!”
Divididos, realmente... “Fragmentados!”
Nascentes, recepcionam... “Entulhos!”
Desprotegidos, entorno, bagulhos...
Cargos por... “Sem noção, ocupados!”

Poema: Valdemir Gomes dos Santos 23/01/2021

 

 

 

 

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