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Corumbá

Mesmo após maior seca e incêndios da história, Pantanal ainda vive

Registros fotográficos mostram animais e como ainda é possível acreditar na plena revitalização do Pantanal

Apesar de ferido por incêndios na maior seca desde 1951, o Pantanal continua bem vivo, sendo abrigo de 4,7 mil espécies, entre elas 3,5 mil de plantas, 650 de aves, 124 de mamíferos, 80 de répteis, 60 de anfíbios e 260 de peixes de água doce. A estiagem atinge a maior planície alagável do mundo, uma área do tamanho de Bélgica, Países Baixos, Suíça e Dinamarca juntos.

A maior parte desse complexo fica em Mato Grosso do Sul, onde o olhar do repórter fotográfico Saul Schramm se deparou com vida abundante. Os flagrantes feitos em Corumbá revelam como estão animais como jacarés, veados, tuiuiús, tucanos e garças, parte deles em lugares onde o fogo não chegou.

Além da fauna e flora, o Pantanal tem gente, como os ribeirinhos, funcionários das fazendas e aqueles que vivem do turismo. De acordo com o vice-presidente da Acert (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), Ademilson Esquivel, o setor é responsável por 1.000 empregos diretos e R$ 45 milhões injetados por temporada só em folha de pagamento. São associados: 19 barcos hotéis, 2 barcos de passeio, 3 hotéis, 1 concessionária e 1 loja de equipamentos náuticos.

“O pessoal de fora acha que está tudo pegando fogo, o que não é a realidade. Eles não têm noção do tamanho do Pantanal, mas o turismo está trabalhando normalmente. Corumbá é um dos maiores municípios do País (em extensão territorial) e não tivemos desistência porque o nosso raio de ação é de 320 quilômetros de rio”, explica Ademilson.

Segundo o presidente da Fundtur-MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Bruno Wendling, os incêndios chegaram a poucas áreas turísticas e o segmento não sentiu impacto. “Não há apontamento de prejuízo. Pode haver um ou outro cancelamento ou remanejamento localizado. O importante para nós é comunicar com clareza para o turismo como está a situação”, afirma. “Nas pousadas do Pantanal, especialmente nos municípios de Aquidauana e Miranda, onde são realizados os safáris, não há presença de fogo nem de fumaça”, acrescenta.

A recomendação é que operadores, agentes de viagens e turistas entrem em contato diretamente com as propriedades hoteleiras (pousadas, barcos hotéis e hotéis da região) antes de realizar qualquer mudança na programação das viagens. Corumbá é o 2º maior destino turístico de Mato Grosso do Sul, perdendo apenas para Bonito.

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