A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) realiza na próxima terça-feira (01º), a partir das 19 horas, a 29ª edição do Sarau Cultural. Realizado com o objetivo de divulgar a identidade sul-mato-grossense, o evento é gratuito e vai celebrar os 29 anos do Centro Cultural José Octávio Guizzo.
Haverá participação da Colônia Paraguaia Danças Folclóricas, da Orquestra Camerata Violeira, do músico Lucas Brandão e uma intervenção do artista plástico Galvão Pretto. A apresentação fica por conta de Leandro Faria. Além dos artistas convidados, o Sarau abre espaço também para intervenções do público.
A Colônia Paraguaia Danças Folclóricas é ligada ao Ponto de Cultura Colônia Paraguaia de Campo Grande e tem como objetivo manter e divulgar a cultura do país vizinho. Apresentará ao público coreografias ligadas ao folclore paraguaio, que se faz muito forte no Estado. Recebe orientações do Mestre Zenon Sanabria Fretes, coreógrafo e dançarino de Concepcíon que vem duas vezes ao mês à Capital prestar essa assessoria.
A Orquestra Camerata Violeira é um encontro entre a raiz e o erudito, que, pelo sincretismo e qualidade das fontes, resultou em uma linguagem original, inspirada pela riqueza das mais diversas vertentes da música brasileira. O grupo evoca a cultura sul-mato-grossense unificando fronteiras entre as variadas tendências musicais. Patrocinado pelo Fundo de Investimentos Culturais, é o resultado de oficinas de viola caipira, acordeon, violino, violoncelo, contrabaixo acústico, sax e teoria musical.
Galvão Pretto é artista plástico. Estudou Pintura, Cenografia, Artes Plásticas e Modelagem na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Já coordenou, pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, os projetos: Salão de Artes Visuais do Mato Grosso do Sul, Espelho das Artes Plásticas, Território Ocupado e Projeto 3D, além das atividades do Núcleo de Artes Visuais.
Lucas Brandão divide sua carreira musical entre a Bossa Nova e o Violão Erudito. É professor de Música em projetos sociais reconhecidos (Instituto Musical Chico Xavier e Educandário Getulio Vargas) e também atua como baixista do grupo de Samba Rock Maria Mulata. Compositor desde os 15 anos, possui um repertório de 12 canções autorais em estilo Bossa Nova. Em 2009 começou a atuar como músico em bares da Capital. Há pouco mais de um ano Lucas tem participado de diversos eventos e da cena cultural de Campo Grande, como o Sarobá e o projeto Sound.Art.
O Sarau Cultural vem se fortalecendo a cada mês e ganhando espaço na noite campo-grandense, sempre na primeira terça-feira do mês, durante duas horas, das 19 às 21 horas. Intervenções de música, poesia, dança e teatro se espalham nas instalações do Centro Cultural, apresentando a produção de artistas locais e visitantes com o intuito de mostrar e trocar experiências nas variadas artes.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3317-1795 ou no Centro Cultural José Octávio Guizzo, que fica localizado na Rua 26 de Agosto, 453, entre as ruas Calógeras e a 14 de Julho, em Campo Grande.
Histórico
O Centro Cultural de Mato Grosso do Sul foi fundado através de decreto do governador Wilson Barbosa Martins em 11 de outubro de 1984 e está localizado na Rua 26 de Agosto, antiga Rua Velha, considerada a primeira de Campo Grande. Segundo Idara Duncan, foi de grande importância o empenho de Nelly Martins, artista plástica e à época primeira-dama do Estado, no sentido de materializar o primeiro espaço físico exclusivamente destinado à cultura em Mato Grosso do Sul.
No terreno onde se localizava a antiga usina elétrica (1919), foi construído na década de 60 o prédio do Fórum da Comarca de Campo Grande. Na década de 80, o Fórum foi transferido para o edifício onde funcionavam as repartições públicas do Estado, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, que por sua vez foram transferidas para o recém-construído Parque dos Poderes.
No dia 20 de dezembro de 1989, através da lei 1.029, sancionada pelo governador Marcelo Miranda, o Centro Cultural de Mato Grosso do Sul recebeu a denominação Centro Cultural José Octávio Guizzo, homenageando o advogado, historiador, estudioso do folclore, cineasta, estimulador de talentos, produtor cultural, músico, poeta e ex-presidente da Fundação de Cultura falecido no dia 20 de novembro do mesmo ano. Houve também, em 1989, a reforma do Centro Cultural e a construção do anexo com o teatro.
O espaço abriga salas com nomes de personalidades relacionadas à cultura como Teatro Aracy Balabanian, Sala Rubens Corrêa, Sala Conceição Ferreira, Galerias Wega Nery e Ignez Corrêa da Costa. Funcionou também no Centro Cultural a Biblioteca Isaías Paim, atualmente instalada no Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, a Pinacoteca Estadual, que deu origem ao Museu de Arte Contemporânea e à Filmoteca, que funciona hoje no MIS (Museu de Imagem e do Som).