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Mato Grosso do Sul

Bovino Pantaneiro é declarado Patrimônio Cultural e Genético do Estado

Decreto Legislativo que torna Bovino Pantaneiro patrimônio cultural e genético de Mato Grosso do Sul é de autoria do deputado Felipe Orro (PSDB)

Victor Chileno/ALMS

No Diário Oficial da última quinta-feira (09), o Decreto Legislativo (DL) 589/2017, de autoria do deputado Felipe Orro (PSDB), reconhece o Bovino Pantaneiro como Patrimônio Cultural e Genético de Mato Grosso do Sul. De acordo com o autor da matéria, o Bovino Pantaneiro constitui patrimônio natural portador de referência e identidade às ações e a memória da sociedade sul-mato-grossense.

Na justificativa da proposta, o parlamentar fez um retrospecto da história e importância da raça para a identidade do Estado. "A origem dos bovinos pantaneiros se confunde com os primórdios da pecuária no Pantanal. Também chamado de cuiabano, jofreano, taquati, taboqueano ou tucura, este bovino está intimamente associado às tradições culturais do povo pantaneiro, estando eternizado nas poesias e nas modas de viola como 'boi soberano', 'boi fumaça', 'boi cigano', entre outros", afirmou Orro.

O deputado explicou ainda que os primeiros registros da raça ocorreram por volta do ano 1500, quando os ancestrais ibéricos, portadores de genes taurinos, foram inicialmente introduzidos pelos canais do Rio da Prata e Rio Paraguai, por expedições espanholas que vinham em busca de metais preciosos no Peru. Posteriormente, de 1725 a 1736, com o Ciclo do Ouro, outros grupos genéticos de origem portuguesa foram trazidos para o Pantanal. Assim, do cruzamento das raças surgiu o chamado bovino pantaneiro, com DNA essencialmente europeu e oriundo essencialmente da miscigenação de 11 raças, sendo cinco espanholas e seis portuguesas.

Em 1928, criadores da Nhecolândia, na região compreendida pelos rios Taquari, Negro, Miranda e Paraguai, introduziram touros das raças Shorthorn e Hereford, com o intuito de melhorar as características zootécnicas do gado pantaneiro. Orro reiterou que o bovino pantaneiro entrou em decadência no início do séculos XX, em função de cruzamentos com outras raças, em especial os zebuínos, como a raça Nelore, mas é um grupo genético altamente adaptado ao ambiente peculiar do Pantanal. "Saber que existe um gado europeu geneticamente resistente e adaptado às condições ecológicas extremas do Pantanal é algo maravilhoso e merece ser preservado como patrimônio cultural e genético do nosso Estado", concluiu.

*Com informações da Agência ALMS

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