Arquivo/Semagro
Mesmo com o mercado brasileiro vivendo incertezas, 2020 aparece como um ano importante para Mato Grosso do Sul. Nos últimos 10 meses, o Estado exportou US$ 5,050 bilhões, o que representa 97% do total enviado ao exterior em 2019, quando foram negociados US$ 5,217 bilhões. Esses números demonstram que apesar da crise por conta da pandemia, MS continua alcançando números expressivos no agronegócio, que repercute em prognósticos favoráveis para a retomada econômica e na projeção do PIB 2021.
“Estamos vivendo um momento em que os potenciais da nossa região começam a se transformar em investimento, mais riqueza, mais emprego, renda e oportunidades para todo mundo”, explica o secretário de Governo, Eduardo Riedel.
Conforme o titular da Segov, MS exportou US$ 548 milhões (ou R$ 2,964 bilhões) a mais do que em 2019. Segundo informações publicadas nesta semana pela Carta de Conjuntura do Setor Externo, em dez meses, a balança comercial de MS alcançou um excedente de US$ 3,492 bilhões, valor 33,14% superior ao mesmo período de 2019, quando a disparidade entre exportações e importações chegou a US$ 2,622 bilhões.
“É a força do trabalho dos nossos produtores e do povo sul-matogrossense que nos tornou o segundo Estado que mais cresce, o terceiro que mais gera empregos no Brasil e o quinto mais competitivo”, enaltece Riedel.
Além da demanda por produtos locais como grãos, carnes, celulose, açúcar e ferro, outros fatores importantes contribuíram para expansão das exportações: a valorização do dólar e o baixo desempenho da moeda brasileira no mundo em 2020.
Na classificação das principais commodities do Estado comercializadas, a soja em grão apareceu como primeiro item, com 31,87% do total exportado em termos de valor e aumento de 54,88% em comparação ao mesmo período no ano passado.
Com relação à segunda posição entre as principais mercadorias exportadas, a celulose aparece com 28,33% de participação. Já a venda de carne bovina para o exterior se manteve estável; as de carne de aves cresceram 10,3% em 2020.
Óleos e gorduras vegetais e animais, tiveram uma ampliação de 149% nas transações com o mercado global e o açúcar aumentou em 317% os envios para o exterior. Produto como ferro-gusa registrou crescimento de 377% e num comparativo com 2019, o algodão teve um aumento de 41% nas exportações em 2020.
“Nossa expectativa é que esses números continuem em expansão porque nosso Estado tem se mostrado competitivo no exterior, motivo pelo qual temos investido em infraestrutura para melhorar a logística e o escoamento da nossa produção ”, destaca Riedel.
Corredor de acesso
Para o secretário de Governo, com a Rota Bioceânica, Mato Grosso do Sul ganhará uma ligação física com outros países e uma nova alternativa de escoamento da produção, diminuindo a redução dos custos de transporte e a distância entre os centros produtores do Brasil a outros portos.
"A rodovia trará benefícios ao Estado, que ganhará em competitividade, tempo, ampliação de mercados. Mesmo com o corredor em andamento e MS atravessando uma das piores secas da sua história, as exportações pelo porto de Porto Murtinho já tiveram aumento de 57%. Todo esse processo vai contribuir para acessarmos outros mercados e aumentar nossa produção", explica Riedel.
Entre as cidades do MS, Três Lagoas continua no topo da lista como o maior exportador de MS, com 41,63% dos valores exportados, com base na produção de papel e celulose. O município do Bolsão é seguido de Dourados, com 13,11% de participação e a capital Campo Grande aparece com 8,93% .
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