Vacinas chegando em Campo Grande / Chico Ribeiro
O Mato Grosso do Sul começou a semana com restrições na circulação de pessoas no período da noite e finais de semana, ameaça real de colapso no Sistema de Saúde – pior momento até agora, com mais de 3 mil pessoas mortas pela Covid-19 e 832 internadas.
A economia está em alerta [e em crise] desde o começo da pandemia, há um ano, também chegando ao seu pior momento neste março de 2021. Para entender melhor a visão econômica, O Pantaneiro conversou com a economista aquidauanense Isabella Stella, que trabalha na corretora de investimentos Genial, em São Paulo, junto com o também economista Thiago Tristão.
Por lá, o Sistema de Saúde já colapsou e o lockdown é a medida que será adotada. Para os dois especialistas, chegou uma fase da economia do Brasil que o mais importante é a recuperação da Saúde, antes mesmo da econômica. Usando as palavras do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), “sem saúde não há economia”.
“A primeira maior preocupação é o risco de falta de vacinas. E a segunda maior preocupação é a o risco de falta de vacinas. Sem fortes estímulos fiscais, a recuperação só pode vir da volta da mobilidade urbana, que no médio prazo depende do ritmo de vacinação. Essa nova fase de medidas de restrição à mobilidade urbana pode implicar em elevada taxa de falências, destruindo capital e PIB potencial. Estamos no momento mais desafiador desde o início da pandemia”, destaca Thiago.
No entendimento deles, as medidas de restrição são necessárias e devem ter efeito líquido positivo para a economia no médio e longo prazo (frente a não fazer nada). No entanto, as restrições dificultam a retoma econômica nem um momento em que os estímulos fiscais caíram drasticamente.
Com o espaço fiscal limitado, a evolução da pandemia em conjunto com a disseminação da vacina serão os protagonistas da retomada econômica este ano. Projetamos crescimento do PIB de 3,0% este ano, porém, dependendo da dimensão e duração das medidas de distanciamento social, a projeção pode ser revisada para baixo.
“O agro não para”
A aquidauanense Isabella é analista de fundos imobiliários e observa que o setor do agronegócio é o mais potencializado no momento, principalmente em Mato Grosso do Sul, mesmo com a diminuição dos estímulos financeiros federais.
“Gringo não pode comprar terras brasileiras para o agronegócio, mas podem estar investindo, principalmente com a aprovação da nova legislação para investimentos privados nesse setor. Esse fundo é, basicamente, um empréstimo em que a terra é colocada como garantia, mas o risco do fazendeiro não conseguir pagar é muito baixo”, explica Stella.
A recuperação da China tem sido bom para o Brasil, ainda segundo a analista, pois eles estão exportando muito “agrofood” brasileiro (rações e sementes) e pagando de dólar, moeda que está em frequente alta.
Para concluir, Isabella reforça e reconhece que o comerciante vai sofrer muito com essas restrição, já que o Governo vem diminuindo os subsídios e há quem ainda não se adaptou ao e-commerce.
“Vai ser um momento muito difícil, mas os sinais mostram que a retomada da compra será igual ou superior ao período pré-pandemia. O comerciante vai conseguir se recuperar e até o PIB voltar a subir”, conclui.
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