A produção industrial de Mato Grosso do Sul continua registrando bons resultados apesar da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19). O índice de evolução da produção industrial encerrou outubro em 59,2 pontos, indicando o melhor desempenho já registrado para o mês em toda a série histórica iniciada em fevereiro 2010, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 65 empresas no período de 1º a 12 de outubro deste ano.
No último mês, 90% das empresas industriais do Estado apresentaram aumento ou estabilidade na produção (45% das empresas com crescimento e 45% com produção estável). “Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em nove pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou outubro de 2020 com crescimento de 5,1 pontos na comparação com igual mês do ano anterior e de 9,1 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Além disso, a utilização da capacidade instalada alcançou o maior patamar para o mês de outubro dos últimos seis anos. “Em outubro, 79% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês, enquanto o patamar médio de utilização da capacidade total ficou em 75%, indicando aumento de dois pontos percentuais em relação a outubro de 2019. Por fim, o indicador de uso efetivo em relação ao usual fechou o mês de outubro em 53,6 pontos, resultado 8,6 pontos acima da média histórica obtida para o mês”, completou o economista.
Perspectivas
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende explica que a demanda alcançou, em novembro, 61 pontos, sinalizando expectativa de aumento para os próximos seis meses. “Em relação ao mês anterior, o índice apresentou recuo de 3,5 pontos. Em novembro, 46,2% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto, por outro lado, para o mesmo período, 9,2% preveem queda e as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 44,6% do total”, falou.
A respeito dos empregados, em novembro, o índice foi de 57,2 pontos, sinalizando que o número de contratações deve aumentar nos próximos seis meses. Em relação ao mês anterior, o índice apresentou recuo de 2,3 pontos e, em novembro, 29,2% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses, enquanto 1,5% acreditam que esse número deve cair e 69,2% das empresas esperam manter o número de funcionários estável.
No caso das exportações, o índice foi de 63,4 pontos, sinalizando que as exportações devem aumentar nos próximos seis meses a partir de novembro, enquanto em relação ao mês anterior apresentou aumento de 3,3 pontos. “Em novembro, 12,3% dos respondentes disseram esperar aumento nas exportações de seus produtos nos próximos seis meses e 3,1% acreditam que deva ocorrer queda. Já as empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 10,8% do total e, por fim, 73,8% disseram que não exportam”, analisou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.
Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em novembro, o índice ficou em 63 pontos, indicando aumento de 4,2 pontos sobre o mês anterior e de 11,3 pontos em relação à média histórica do mês. “O resultado reflete o crescimento da participação das empresas industriais que disseram que farão investimentos nos próximos seis meses, alcançando o equivalente a 71,0% do total, contra 66% no último levantamento. O índice varia de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, informou o economista.
ICEI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em novembro 64,8 pontos, indicando aumento de 8,1 pontos em relação com a média histórica obtida para o mês. “O resultado observado deve-se, sobretudo, a percepção de que a economia está se recuperando, em especial pela melhora na avaliação das condições atuais da economia brasileira, sul-mato-grossense e do desempenho apresentado pela própria empresa. Na percepção do empresário, está cada vez mais claro que o pior momento da crise causada pela pandemia ficou para trás”, disse Ezequiel Resende.
Em novembro, 16,9% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 15,3% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 9,2% dos respondentes. Já para 30,8% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 33,8% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 30,8%.
Para 49,2% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual ficou em 47,7% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 56,9%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 3,1%.
Expectativas
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems ressalta que em novembro 4,6% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. “Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 3,1% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 4,6% dos empresários”, revelou.
Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 26,2%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 32,3% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 24,6%. “Por fim, 64,6% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar”, relatou Ezequiel Resende.
Já em relação à economia estadual o resultado ficou em 60,0% e, no caso da própria empresa, 66,2% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 4,6%”, analisou o economista.
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