Receita interna somou R$ 51,6 bilhões de janeiro a março, diz Abimaq
CNI/José Paulo Lacerda
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou um desempenho positivo nos três primeiros meses de 2025. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a receita de vendas do setor somou R$ 67,5 bilhões no trimestre, um aumento de 15,2% em relação ao mesmo período de 2024.
O crescimento foi impulsionado, principalmente, pelas vendas no mercado interno, que alcançaram R$ 51,6 bilhões entre janeiro e março — alta de 18% na comparação anual. Para a Abimaq, os resultados reforçam a percepção de um primeiro semestre promissor. No entanto, a entidade alerta para possíveis desafios no segundo semestre, em razão dos efeitos cumulativos do aperto monetário e do cenário macroeconômico mais instável.
Apesar do avanço nas vendas internas, as exportações do setor recuaram. No primeiro trimestre, as vendas externas somaram US$ 2,7 bilhões, uma queda de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A retração foi puxada, sobretudo, pela diminuição das compras de países da América do Norte. Os Estados Unidos reduziram suas importações do Brasil em 30,2%, o México em 30%, e o Canadá em 27,2%.
Por outro lado, houve crescimento das exportações para a Europa (alta de 16,1%) e América do Sul (12,9%). Na América do Sul, a Argentina foi destaque, com aumento de 59,3% nas compras de máquinas brasileiras, principalmente nos segmentos de agricultura e construção civil.
Outro destaque do trimestre foi a China, que passou a ocupar o 6º lugar entre os principais destinos das exportações brasileiras do setor. As vendas para o país asiático cresceram expressivos 203,1%, representando 3,1% do total exportado — participação bem superior ao 1% registrado no mesmo período de 2024.
As importações também cresceram. Entre janeiro e março, o Brasil importou US$ 7,8 bilhões em máquinas e equipamentos, um avanço de 12,9% em comparação ao ano anterior. A China ampliou sua participação nas importações brasileiras, alcançando 34% do total e superando fornecedores tradicionais como Estados Unidos e Alemanha. Apenas no primeiro trimestre, as compras vindas da China cresceram 30,2%.
Segundo a Abimaq, esse reposicionamento mostra não apenas uma tendência de longo prazo, mas também o fortalecimento da China como principal fornecedora global de máquinas e equipamentos. “Essa mudança influencia diretamente a dinâmica do mercado de bens de capital, tanto no Brasil quanto no cenário internacional”, destacou a entidade em nota.
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