A primeira batalha foi vencida. Apesar de alguns tropeços no percurso, o Brasil garantiu nesta quinta-feira, na vitória sobre o Uruguai por 96 a 62 (44 a 37), a vaga para as semifinais do Campeonato Pré-Olímpico de Basquete, em Las Vegas. O time, que ontem teve na marcação o ponto forte, volta a jogar neste sábado, quando disputará a partida que definirá uma das equipes classificadas para a Olimpíada de Pequim.
Além do ala-armador Leandrinho, cestinha do jogo com 32 pontos, e do pivô Tiago Splitter, que marcou 13, um dos destaques do Brasil foi o ala-armador Marcelinho Machado, que saiu elogiado pelos companheiros.
"O Marcelinho fez um grande trabalho na defesa anulando o Mazzarino e fez a diferença. A gente tentou anular o Batista também. Não tivemos tanto sucesso, mas conseguimos controlar bem o jogo", analisou Splitter depois do jogo.
Marcelinho dividiu os méritos. "Eu acho que o que funcionou foi o sistema defensivo. Eu fiz parte dele, mas o time ajudou. Nos bloqueios, sempre tinha um braço para me ajudar e isso é importante", ressaltou. "É bom entrar em quadra sabendo a função que você vai executar naquele dia e, fazendo bem,contribuir para a vitória."
Para o pivô Nenê, o time entrou focado para a partida. "Como perdemos para a Argentina, encaramos o Uruguai como a nossa última chance", conta. "E entramos bem naquele que era 'o' jogo." O pivô surpreendeu contribuindo com a armação. "A gente faz o possível para o grupo, Como a perna não estava ajudando, tudo bem, fiquei passando."
O técnico do Uruguai, Gerardo Jauri, afirmou que o maior problema da equipe do Uruguai foi a falta de condições físicas de alguns de seus jogadores como Nicolás Mazzarino e Esteban Batista. Segundo ele, o problema aparecia especialmente na transição do ataque para a defesa, quando os pivôs uruguaios chegavam sempre atrasados.
"O Uruguai não merecia ter perdido desse jeito. Se tivéssemos melhores condições físicas poderíamos ter feito um jogo mais equilibrado com o Brasil, que tem um grupo de atletas muito talentosos", avaliou. "Na minha opinião, Brasil e Estados Unidos têm equipes um degrau acima das outras."
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