Cícero homenageia mãe com gol de empate do Flu

Aos 15 anos, o atacante Cícero não hesitou em sair de casa, em Castelo, no Espírito do Santo, para lutar pelo sonho de ser jogador de futebol, exatamente no dia de aniversário da mãe, Nilza. No último domingo, seu coração disparou ao saber que entraria no segundo tempo. E fez de tudo para fazer um gol e homenagear a mãe, que estava no estádio. Conseguiu e ficou orgulhoso com o feito alcançado.

Emocionado com a presença da mãe, e do irmão, Juninho, Cícero entende que aprendeu com os erros. Após a expulsão no jogo contra o Botafogo, ficou na geladeira, mas seu sangue correu quente nas veias para mostrar que tem condições de ajudar o Fluminense.

"Fiz uma auto-crítica, sim, e vi tudo o que estava errado para tentar acertar. Tenho treinado com muita garra. Lembrei que deixei minha mãe, que estava aqui e viu meu gol, para ser alguém, e consegui. Estou orgulhoso", disse o atacante.

Ele nem viu o técnico Renato Gaúcho, que não fez a preleção no estádio e nem deu entrevista, por causa de pacto firmado com Mano Menezes, do Grêmio, e Dorival Júnior, do Cruzeiro, todos eles suspensos.

Nesta segunda, o técnico tricolor vai ao clube para começar a montar o time para o jogo contra o Sport, quinta-feira, na Ilha do Retiro. Arouca e Fabinho estão suspensos. Maurício e Romeu devem ser os substitutos.

Assim como Cícero, o goleiro Fernando Henrique elogiou a postura do time no segundo tempo, quando criou mais oportunidades do que o rival. O goleiro foi vaiado por parte da torcida, mas mostrou personalidade.

"O Conca se livrou da marcação e foi feliz no chute. A bola fez uma curva e não deu para pegar, porque não tem como adivinhar a trajetória do chute", explicou.

O mais importante para os tricolores foi perceber que a equipe teve forças para buscar o empate e os reservas entraram com vontade no jogo. "O time voltou motivado. Disse ao Soares que tínhamos que entrar ligados para reverter o placar. Deu tudo certo e fui coroado com um belo gol", disse Cícero.