Dunga espera pedreira e pode poupar atletas contra o México

A seleção brasileira desembarcou ontem à noite em Boston, onde enfrentará o México na quarta, em seu último amistoso antes da estréia nas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo da África do Sul (2010) - dia 14 de outubro, contra a Colômbia, em Bogotá. O técnico Dunga espera um teste mais difícil do que o de domingo, na vitória por 4 a 2 contra os Estados Unidos, em Chicago. "O México tem jogadores de qualidade e conseguiu aliar um futebol de técnica com capacidade competitiva. Será outro jogo muito difícil", disse Dunga.

A um jornalista mexicano que perguntou a Dunga os motivos de a seleção brasileira não ter se dado bem nos últimos jogos contra o México, o técnico disse o óbvio. "Se eu soubesse os motivos não teríamos sido derrotados na Copa América [da Venezuela, tropeço por 2 a 0]. Como jogador, ganhei muito mais do que perdi, assim como a seleção ganhava muito mais do México. A história dos confrontos mudou e cabe a nós encontrar uma maneira de voltar a vencer."

O Brasil fez, ao todo, 30 jogos contra o México, com 18 vitórias, seis empates e seis derrotas, 62 gols marcados e 28 sofridos. Nos últimos anos, porém, a vantagem é mexicana: nos últimos sete jogos, desde agosto de 1999, foram quatro vitórias mexicanas - inclusive nas últimas duas partidas -, dois empates e apenas um triunfo do Brasil, em 2004 - 4 a 0, nas quartas-de-final da Copa América do Peru.

Dunga decidirá hoje qual a estratégia que usará na partida: colocar o time principal, para dar entrosamento aos jogadores e tentar corrigir falhas cometidas contra os norte-americanos, ou poupar alguns titulares para poder observar outros jogadores. "Estamos no início da temporada e se desgastarmos muito algum jogador corremos o risco de perdê-lo para o início das Eliminatórias e deixa-lo fora de seu clube", alerta.