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Envolvido em escândalos, Dualib renuncia à presidência do Corinthians

Licenciado da presidência do Corinthians desde o início de agosto, Alberto Dualib renunciou nesta sexta-feira ao cargo que ocupava desde 1993. A carta de saída do dirigente será lida pelo presidente do Conselho Deliberativo do clube, Carlos Senger, na tarde desta sexta-feira.


Dualib estava sofrendo pressão da diretoria para deixar o cargo. Caso não renunciasse, provavelmente sofreria um impeachment devido às irregularidades de sua gestão e poderia pôr em risco a condição de conselheiro vitalício e até mesmo de associado.


O dirigente é suspeito de ter se beneficiado da emissão de notas frias por empresas que supostamente prestaram serviços ao clube. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual e pelo Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado).


Pelo que foi apurado, o Corinthians já foi lesado em R$ 436 mil. O promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro crê que o rombo possa ultrapassar R$ 1,5 milhão. Atualmente, a dívida corintiana é de R$ 74 milhões, mas pode chegar a R$ 100 milhões.


Dualib também é réu em processo na Justiça Federal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha na parceria do clube com a MSI. Grampos telefônicos revelaram conversas de atletas negociando para receber dinheiro fora do país e atestam a tentativa de trazer o magnata Boris Berezovski, acusado na Rússia de lavagem de dinheiro e até de assassinato, ao Brasil usando influência do presidente da República.


Berezovski, de acordo com as conversas, era realmente o principal investidor da MSI, ao contrário do que diziam dirigentes corintianos e Kia Joorabchian, que segundo os grampos era um "laranja" do russo.


Os detalhes da ação da PF, batizada como operação Perestroika, ainda revelam os cartolas corintianos negociando o pagamento de R$ 150 mil a um fiscal da Receita Federal para não autuar o clube.


Futuro
Com a saída de Dualib e do seu vice, Nesi Cury, o Corinthians deve convocar eleições para escolher o seu novo presidente, já que o interino Clodomil Orsi não pode continuar no cargo.


O empresário Paulo Garcia é o primeiro candidato à eleição presidencial do Corinthians. O nome dele foi o escolhido por grupo ligado à atual situação do clube. Nele está incluído o presidente do Cori (Conselho de Orientação), Antonio Roque Citadini. Orsi e o vice Wilson Bento também devem apoiar a candidatura.

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