X
Esportes

Oleg aposta em pódio de Jade em Pequim-08

Quatro anos depois de o Brasil depositar as esperanças em Daiane dos Santos para obter a primeira medalha olímpica na ginástica, Jade desponta como a nova aposta. O palpite vem de quem mais conhece as ginastas brasileiras: o técnico ucraniano Oleg Ostapenko.


Antes do Mundial, Ostapenko previra que Jade seria a única brasileira com condições de subir ao pódio e acertou na mosca. A carioca conquistou, em Stuttgart, a medalha de bronze no individual geral, resultado inédito para o Brasil.


"Gostei muito da forma como ela competiu. Se ela caprichar na Olimpíada, pode conseguir medalhas no individual geral e em mais dois aparelhos", disse o técnico à reportagem após o desembarque no Brasil, nesta terça-feira.


Ostapenko ainda foi além. O ucraniano acredita que Jade tem condições de superar inclusive suas principais rivais do individual geral em Pequim.


"Acho que a Jade está um nível acima da Shawn Jonhson [ouro na prova no Mundial] e da italiana [Vanessa Ferrari, que dividiu o terceiro lugar com a brasileira]", afirmou.


Ostapenko, entretanto, mostrou-se preocupado com o excesso de carga a que Jade acaba exposta nas competições.


No Mundial, a carioca competiu cinco dias em uma semana. Fez exercícios nos quatro aparelhos no classificatório e na final por equipes e no individual geral. Além disso, ainda participou das finais do salto sobre o cavalo e da trave.


Seu rendimento foi caindo conforme as competições chegavam ao fim. No primeiro dia, obteve as maiores notas da equipe brasileira em três provas. Três dias depois, brilhou novamente. Conseguiu a melhor soma de notas entre as 45 competidoras e, de quebra, conduziu o Brasil ao quinto lugar por equipes.


Dois dias depois, participou do individual geral e levou o pódio inédito. No final de semana, já exausta, Jade obteve resultados mais modestos. Ficou em quinto lugar, no salto, e na sétima posição, na trave.


"Mas não tem jeito. Jade precisa competir em todos os aparelhos porque, sem ela, nossas chances na competição por equipes diminuem", justifica o técnico. "Mesmo assim, creio que, com uma preparação adequada, ela pode suportar bem essa carga na Olimpíada. A Jade é muito forte fisicamente".


Hoje, a própria ginasta queixou-se um pouco do cansaço que a abateu no final das competições em Stuttgart. "No último dia, eu e as outras ginastas nos olhávamos e víamos o quanto estávamos cansadas. Mas acho que consegui até manter uma certa regularidade", comentou a atleta.


Enquanto Jade é alçada a principal aposta brasileira em Pequim, Daiane vive momento oposto. Vítima de lesões consecutivas, a gaúcha declarou que competiu apenas em prol da equipe. Mesmo assim, obteve um resultado pífio em sua especialidade na final coletiva. Foi a penúltima entre as 45 competidoras do solo.


A receita para voltar a brilhar é dada pelo próprio comandante. "Se ela superar essa dor no pé, pode conseguir atingir o mesmo nível de antes. O que ela precisa fazer é para de treinar um tempo e tratar de vez essas lesões", recomendou.


Conselho seguido, Daiane se afastará dos treinos para fazer exames e tratar definitivamente a lesão no tornozelo.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Turismo

MS 47 anos: Turismo comemora conquistas e marca forte presença em feiras

O destino se tornou referência nacional e internacional em ecoturismo

Economia

População em situação de rua não triplicou no Brasil em um ano e meio

Pesquisa do IPEA, divulgada em dezembro de 2022, estimava mais de 281,4 mil pessoas em situação de rua no país e um crescimento de 34% entre 2019 e 2022

Voltar ao topo

Logo O Pantaneiro Rodapé

Rua XV de Agosto, 339 - Bairro Alto - Aquidauana/MS

©2024 O Pantaneiro. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software

2
Entre em nosso grupo